O Tribunal Supremo angolano marcou esta segunda-feira para o dia 6 novembro a leitura do acórdão do julgamento em que são arguidos os generais “Kopelipa” e “Dino”, homens de confiança do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, já falecido.
Em entrevista ao jornal OPAÍS, Ivo Martins, especialista em cibersegurança, apresenta alguns dos mecanismos técnicos que podem ajudar o Ministério Público (MP) e o Tribunal Supremo a recuperar os documentos desaparecidos que supostamente certificam a transferência indevida de 150 milhões de dólares do extinto Gabinete de Reconstrução Nacional (GRN) para a empresa China International Found (CIF) Hong Kong.
O acórdão do julgamento em que são arguidos os generais angolanos “Dino” e Kopelipa”, previsto para dia 27, foi adiado, uma vez que nesse dia serão apresentadas as reclamações aos quase 300 quesitos lidos hoje pelo Tribunal Supremo.
O Tribunal Supremo questiona, hoje, se os arguidos Manuel Hélder Vieira Dias Júnior "Kopelipa" e Leopoldino Fragoso do Nascimento "Dino" cometeram ou não os crimes públicos complexos de que estão acusados, pelo Ministério Público, e pronunciados.
O Ministério Público (MP) assegurou que não conseguiu encontrar provas documentais que comprovassem o envolvimento do general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior "Kopelipa", no crime de peculato e outros, pelo facto de os documentos terem desaparecido ao longo do tempo em várias instituições, após vários ataques de hackers, soube o Novo Jornal.