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Quarta, 21 Dezembro 2022 19:26

Ruanda acusa RDCongo de ter "fabricado" um massacre atribuído ao M23

O Ruanda acusou hoje o Governo da República Democrática do Congo (RDCongo) de ter "fabricado" um massacre que, segundo uma investigação da Organização das Nações Unidas, foi cometido pelos rebeldes do M23 e matou 131 civis.

Kinshasa acusa Kigali de apoiar o M23 (Movimento 23 de março), mas o Ruanda rejeita reiteradamente as acusações, que são confirmadas por peritos dos Estados Unidos da América, França, Bélgica e Nações Unidas.

A rebelião assumiu nos últimos meses o controlo de territórios no conturbado leste da RDCongo, uma região rica em recursos minerais, agravando as tensões com o vizinho Ruanda.

As conversações de paz entre a RDCongo e o Ruanda em Angola pareciam ter aberto o caminho para uma trégua, mas Kinshasa mais tarde acusou o M23 de massacrar civis na aldeia de Kishishe.

Segundo uma investigação da ONU, 131 pessoas foram mortas nesse massacre, ocorrido em 29 de novembro.

"O massacre exagerado de 'Kishishe', uma invenção do Governo da RDCongo que o atribuiu ao M23, espalhou-se rapidamente sem qualquer investigação dos factos por qualquer entidade credível", considera o Governo do Ruanda num comunicado distribuído hoje.

"O incidente foi na verdade um confronto armado entre o M23 e grupos armados ilegais aliados das forças armadas da RDCongo”, alega Kigali.

O M23 negou ter cometido o massacre, citando "balas perdidas" que mataram apenas oito civis.

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