O ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Domingos Augusto, garante que o arresto de bens da empresária angolana Isabel dos Santos “não se trata de um ato isolado” e que a repatriação de bens “mal adquiridos” vai continuar em Angola.
Isabel dos Santos acusou os serviços de segurança angolanos de acederem indevidamente aos computadores das suas empresas em Portugal, avança o Financial Times. Segundo a empresária angolana, este alegado acesso indevido teve o objetivo de estes serviços “forjarem e falsificarem” provas contra si.
O comentador da SIC defende que o arresto de bens da empresária angolana “ajuda imenso o regime, porque desvia as atenções, dá popularidade internamente e dá credibilidade lá fora”.
O Presidente angolano, João Lourenço, assegurou hoje ao seu homólogo da República Democrática do Congo (RD Congo) que o executivo não interfere na justiça, num encontro onde foram analisadas as consequências do arresto de bens de Isabel dos Santos.
Advogado angolano estranha que tenha sido o Estado a pedir o arresto e acusa o MP de populismo. O processo judicial é um passo “radical” na luta entre facções do poder em Angola. Há quem ache que vem aí uma guerra sem quartel, mas há também quem diga que nada vai acontecer e “ninguém verterá uma lágrima” por Isabel dos Santos?