Na administração de um Estado, mudanças são bem vindas, mas essas mudanças devem trazer alguma novidade, como diz o próprio executivo: melhorar o que está bem e corrigir o que está mal, é isso que os cidadãos esperam dos recém nomeados, jovens ou não, o que conta são os resultados. O tempo dirá se as nomeações foram acertadas ou não.
Tendo em conta a fase complexa que o País atravessa, além da pandemia do Covid-19, o País está em crise desde 2014, portanto, este é o momento exacto e crucial para o Presidente da República mexer na sua equipe económico-financeira.
Com muita prudência o executivo deveria escolher novos membros para formar uma equipe estratégico-económica capaz de tirar Angola da crise, um grupo de intelectuais dinámicos, que saibam lhe dar com gestão financeira e gestão de mercado, uma equipa completamente competente e qualificada, capaz de estabilizar a moeda nacional, trazendo equilíbrio harmónico-social em termos económicos e de divisas.
Presidente João Lourenço já demonstrou ser um homem muito corajoso, apenas precisa demonstrar um pouco mais de coragem, precisa afastar os seus conselheiros económicos, precisa exonerar toda a sua equipa económica de trabalho e substitui-los por outros.
Em política querendo como não, chega um momento em que temos de tomar decisões difícies, quando o que se está em causa é um bem maior, o bem maior aqui é o bem-estar do Povo, a instrução e a eliminação da pobreza, nada disso se resolve sem o factor ECONOMIA.
As Políticas Públicas e toda a Administração do Estado se fazem com projectos concretos, com homens competentes, responsáveis e estratégicos nos lugares certos, capazes de implementar dinâmicas e acções que espelham resultados na vida de cada cidadão.
Caso contrário não adianta um País ter inúmeras riquezas naturais e recursos minerais, se esta mesma riqueza não proporciona tranquilidade e bem-estar para o seu povo, por causa da corrupção ou porque àqueles que detêm o poder político-jurídico não sabem executar eficazmente políticas apropriadas com a finalidade de harmonizar o Estado no seu todo.
Como dizia George Marshall: democrazia não é simplesmente garantia dos direitos, é sobretudo sinónimo de “bem-estar”, democracia e bem-estar não são duas coisas separadas, caminham juntos: só assim é possível termos uma boa Administração do Estado.
Por Leonardo Quarenta
Doutorando em Direito Constitucional e Internacional
Mestrado em Relações Internacionais e Diplomacia
Mestrado em Direito Constitucional Comparado
Master em Direito Administrativo
Master em Direitos Humanos e Competências Internacionais
Master em Jurista Internacional de Empresas
Master em Management das Empresas Sociais.