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Quinta, 04 Junho 2020 13:49

Auditores voltam a questionar financiamentos ao Estado e ao BPC

A KPMG levanta dúvidas sobre a capacidade do Banco Nacional de Angola em recuperar 165,6 mil milhões Kz de perdas por imparidade de operações de redesconto com o BPC, uma vez que desconhece o plano de reestruturação do banco.

Os lucros do Banco Nacional de Angola (BNA) registaram um crescimento de 385% em 2019 para 90,1 mil milhões Kz, com o auditor independente e o Conselho de Auditoria (CA) a apontar reservas já antigas relativas a irregularidades nos reembolsos de financiamentos ao Estado e ao BPC.

A melhoria nos resultados resulta, essencialmente, da subida de 79,2 mil milhões Kz (+ 60%) nos ganhos com a margem financeira, mas também com o aumento de 159,0 mil milhões (+227%) dos resultados em operações financeiras, bem como com a subida em 97,7 mil milhões Kz (+20,0%) dos resultados operacionais decorrente, essencialmente, dos resultados cambiais.

As demonstrações financeiras do exercício de 2019 foram aprovadas com reservas pelo Conselho de Auditoria e pelo auditor externo, a KPMG. São unânimes nos alertas sobre financiamentos ao Estado e à banca, sobretudo ao BPC.

A KPMG levanta dúvidas sobre a capacidade do BNA em recuperar 165,6 mil milhões Kz de perdas por imparidade de operações de redesconto com o BPC, uma vez que desconhece o plano de reestruturação do banco, não podendo, ainda, confirmar se a imparidade registada é adequada. Por outro lado, ainda em relação às operações de redesconto, o Conselho de Auditoria alerta para o incumprimento da lei do BNA que determina que os prazos de reembolso destes financiamentos não podem ser superiores a 90 dias.

Desta forma, acrescenta que a rubrica operações de redesconto inclui o valor em divida referente ao capital e juros do financiamento concedido a duas instituições financeiras relativa a operações de 2018, nomeadamente o BPC e o entretanto encerrado Banco Angolano de Negócios e Comércio (BANC), de Kundi Paihama. (...) Expansão

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