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Quinta, 26 Dezembro 2019 17:33

FMI prevê recessão de 1,1% este ano e reduz crescimento para 1,2% em 2020 em Angola

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu a previsão de crescimento da economia de Angola, antecipando agora uma contração, este ano, de 1,1%, e um crescimento de 1,2% em 2020, menos de metade do previsto.

De acordo com a análise detalhada à segunda revisão do Programa de Financiamento Ampliado em curso no país, a economia deverá ter uma nova recessão, de 1,1%, em vez de um crescimento de 0,3% anteriormente estimado, e no próximo ano deverá crescer apenas 1,2%, e não os 2,8% previsto pelo FMI em junho.

"A atividade económica é mais fraca que o esperado", admitem os técnicos do FMI, apontando que "relativamente às projeções da primeira revisão, o crescimento será mais baixo em 2019 e 2020 devido à produção petrolífera abaixo do esperado".

No entanto, acrescentam, "a atividade económica vai recuperar gradualmente, a partir de 2020, apoiada num crescimento moderado da economia não petrolífera", e a partir de 2021 o crescimento será ainda maior, à volta dos 3%, "parcialmente por causa de uma base de partida mais baixa para o PIB petrolífera e pelos efeitos positivos não só da liberalização da taxa de câmbio, mas também do PIB não petrolífero".

Para o próximo ano, o Governo de Angola prevê um crescimento do PIB (produto de interno bruto) de 1,8%, depois de uma contração de 1,1% este ano, baseando esta previsão na recuperação de setor petrolífero, que deve crescer 1,5%, e no não petrolífero, que deverá acelerar de 0,6% este ano para 1,9% em 2020.

Na segunda análise do programa de ajustamento financeiro, o FMI diz que o desempenho de Angola foi misto, mas ainda assim é feita uma avaliação positiva não só das reformas, mas também do seu impacto na economia e da capacidade do Governo para pagar o empréstimo concedido por esta instituição financeira multilateral.

Na avaliação salienta-se que o Governo conseguiu cumprir a maior parte das metas e chegou a acordo com o FMI sobre as que não cumpriu.

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