As maiores economias do continente têm problemas estruturais difíceis de resolver que empurram as suas economias para baixo. Por arrasto vão as suas moedas nacionais. Falta de competitividade, exposição alta a importações e interferências políticas pressionam moedas africanas.
A consultora BMI considera que a moeda angolana vai continuar a desvalorizar-se, chegando ao final do ano a valer cerca de mil kwanzas por dólar, uma depreciação de quase 17% face ao câmbio atual.
O Governo angolano anunciou hoje um conjunto de medidas para fazer face às dificuldades económicas e orçamentais, incluindo estímulos à produção nacional, que passa a ser de incorporação obrigatória na contratação pública.
O Governo angolano anunciou hoje a redução do IVA sobre os bens alimentares de 14 para 7%, visando desagravar o custo de vida, medida incluída num pacote mais amplo que prevê estímulos ao crescimento da economia.
O Orçamento Geral Estado de 2023 registará, até ao final de ano, um défice na ordem dos 7.4 biliões de kwanzas ou 10 mil milhões de dólares (8,9 mil milhões de euros), segundo as projecções apresentadas, esta sexta-feira, pelo Governo.
A moeda nacional não dá sinais de inverter o ciclo de depreciação. Na manhã desta quinta-feira, 13, uma nota de dólar custa 823,9 kwanzas, enquanto 1 euro vale 913,2 kwanzas, de acordo com a taxa de câmbio média do BNA.
O Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) voltou em junho a seguir uma trajetória ascendente, acelerando 0,63 pontos percentuais para 11,25%, em termos homólogos, com os transportes e saúde a pesar mais no bolso dos angolanos.