Sexta, 03 de Mai de 2024
Follow Us

Quinta, 26 Fevereiro 2015 11:09

Vida ficou mais cara

Os preços aumentaram sobretudo no mercado informal e nos armazéns.

Com o kwanza a perder peso, cerca de 30 por cento, a vida ficou mais cara. A Inspecção do Comércio e a Polícia Económica ameaçam encerrar estabelecimentos que especulem. As grandes superfícies, por enquanto, mantêm os preços do ano passado.

O custo de vida está cada vez mais alto. Os preços dos produtos básicos subiram, principalmente este mês. O Instituto Nacional de Estatística (INE) garantiu ao NG que vai apresentar, ainda esta semana, um estudo sobre o índice de preço do consumidor.

Quando o ministro das Finanças, Armando Manuel, avisou, durante a apresentação do Orçamento Geral do Estado (OGE) que se iria “apertar o cinto”, a razão estava identificada, a queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional. Mas, na altura, ainda longe de se pensar que a crise apertaria logo no segundo mês do ano, com a subida do preço dos produtos básicos, como a fuba, arroz, pão e bebidas.

Essa realidade é mais vivida no mercado informal e nos armazéns e cantinas, nas 18 províncias. Por arrasto, em Luanda, as casas que confeccionam almoços também subiram os preços, passando de 800 para 1.000 kwanzas, o prato, ou de 1.500 para 2.000 kwanzas nalguns casos.

Nas grandes superfícies como o Kero, Maxi, Shoprite e Nosso Super mantêm-se inalterados os preços do último trimestre de 2014.

Em Janeiro, o Governo decretou a redução de importações de 14 produtos, impondo quotas. Nesta lista, constam bens essenciais como óleo, farinha, arroz ou o açúcar.

Nas bebidas não se pode comprar mais do que 950 mil hectolitros ao estrangeiro. Nos ovos, o limite é de 156 milhões de unidades e nos hortofrutícolas o máximo são 184.500 toneladas.

O director-geral do INE, Camilo Ceita, assegura que “há preços que subiram e outros que mantêm estabilidade”, mas deixa em aberto uma “tendência inflacionária de Janeiro”, que será analisada no estudo que, pela primeira vez, inclui o comportamento dos preços das 18 províncias.

Inspecção ameaça

A Inspecção do Comércio e a Polícia Económica rejeitam a hipótese da subida de preços, lembrando que os produtos, actualmente nas prateleiras dos estabelecimentos comerciais, foram importados em 2014 e calculados com uma base, com custos e lucros previstos.

As duas instituições ameaçam encerrar estabelecimentos que especulem. Começaram uma operação conjunta, na quinta-feira passada, com o objectivo de identificar a origem da subida. “Sabemos que o mercado sofreu uma alteração que está a ser devidamente acautelada, mas isso não é motivo para a subida dos preços”, explicou o inspector-geral do Comércio, Heleno Antunes.

Na operação conjunta, estava previsto fiscalizar cerca de 60 superfícies comerciais nas 18 províncias. As duas instituições admitem o encerramento dos estabelecimentos, caso detectem especulação de preços.

ALIMENTOS

Antes Agora

Pão cassete 25 kwanzas 30 kwanzas

Saco de arroz de 25 kg 2.500 kwanzas 3.300 kwanzas

Saco de açúcar de 50 kg 3.300 kwanzas 5.200 kwanzas

Óleo alimentar de 12 litros 2.600 kwanzas 3.000 kwanzas

Saco de feijão de 50 kg 4.500 kwanzas 5.000 kwanzas.

Bebidas por unidade

Nocal 75 kwanzas 100 kwanzas

Cuca 60 kwanzas 100 kwanzas

Coca-Cola 60kwanzas 100 kwanzas

Cristal 100 kwanzas 200 kwanzas

Superbock 100 kwanzas 200 kwanzas

NG

Rate this item
(0 votes)