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Quarta, 05 Abril 2023 10:57

Cidades angolanas registram "panelaço" contra governo do MPLA de João Lourenço em dia da Paz.

As Cidades angolanas registraram pela primeira vez, nesta terça-feira (4), panelaços em protesto contra o desemprego e as más condições de vida do governo de João Lourenço do MPLA, o apelo deste protesto foi lançado pelo ativista Gangsta.

Ao longo deste feriado de 04 de Abril, Dia da Paz e Reconciliação Nacional, o país registrou atos contras presidente da República e o seu governo, se juntou a apoiadores nas manifestações realizadas em Luanda e nas províncias.

Registros feitos em Luanda mostram o panelaço acontecendo em diversos bairros, como Ingombota, Marçal, Kilamba e Município de Viana, e vários regiões periférica da capital angolana.

O ativista Gangsta agradeceu na sua página do facebook este gesto da população angolana e diz que “se continuarmos assim o MPLA e o seu líder estarão com os dias contados. Estou muito orgulhoso do nosso sentido de união crescente. Agora vamos inundar as redes sociais com os vídeos a bater tampas e panelas, família”.

A influenciadora angolana Joana Clementina escreveu na sua pagina do facebook que “é preciso saber ler os sinais dos tempos”.

O Chefe da Casa de Segurança do presidente angolano, general Francisco Furtado afirmou esta semana aos meios de informação do estado que existem grupos de pessoas que incentivam os jovens a práticas que chamou de subversivas com o objectivo de criar instabilidade em Angola.

Nasceu em Angola uma nova forma de contestar o Governo: ficarem em casa (cidade morta) e panelaços (Bate a panela) para o analista Manuel Godinho, mais protestos silenciosos estão por vir em Angola. O jornalista entende que a forma como o Governo tentou contrariar a manifestação contribuiu para o êxito da iniciativa dos ativistas, numa declaração feita no DW África.

"O país agora está perante um clima, como se tivéssemos uma rebelião preparada com aviões, com tanques, com armas de fogo para derrubar o poder, quando na verdade [as pessoas] estão apenas a dizer: estamos descontentes com o rumo que o país está a levar. Então, queremos ficar em casa para refletir", observa.

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