Segundo o coordenador executivo da Câmara de Comércio China/Angola, Adulai Baldé, citado hoje pela imprensa, a delegação angolana ocupará um pavilhão em que predomina o setor agrícola, onde os 103 expositores apresentarão vários dos produtos do país, entre recursos minerais, turismo, indústria, serviços e infraestruturas.
Adulai Baldé declarou que a exposição vai garantir às empresas angolanas maior conhecimento sobre a forma de fazer negócios na China e com as empresas chinesas.
"Com este evento internacional, queremos aproximar os empresários dos dois países, o que achamos ser benéfico para o desenvolvimento das duas economias", disse Adulai Baldé, citado pelo Jornal de Angola.
Adulai Baldé lembrou que o Presidente angolano, João Lourenço, foi o dinamizador do apoio chinês a Angola e África, com a visita realizada em outubro de 2018 a Pequim.
"O modelo de cooperação comercial da China corresponde às necessidades do desenvolvimento do continente [africano], uma vez que visa melhorar as condições das populações", disse, indicando que está prevista a assinatura de cinco protocolos de cooperação comercial entre empresas dos dois países, sem, porém, especificar pormenores.
O dia inaugural da 1.ª Exposição Económica e Comercial China/África está reservado a intervenções de entidades governamentais da China e de vários países de África, além de uma visita guiada pelos pavilhões.
No segundo dia, os expositores participam num simpósio bilateral do comércio, que conta com a intervenção do ministro do Comércio angolano.
No último dia de exposição, o secretário de Estado da Indústria angolano, Ivan do Prado, apresenta aos participantes a situação do setor industrial em Angola.
O coordenador da Câmara de Comércio Angola/China indicou que, atualmente, residem em Angola 48 mil chineses - "260 mil passaram pelo país ao longo dos últimos dez anos" -, e que a tendência é que o número ascenda devido às apostas do executivo na atração ao investimento estrangeiro.
Segundo a comissão organizadora, a exposição tem confirmada a participação de 1.388 expositores de 52 países, esperando-se a concretização de 233 projetos de cooperação em investimentos maioritariamente no comércio, engenharia e construção.
O valor total dos projetos chega a 74.700 milhões de dólares (65.700 milhões de euros), envolvendo 39 países.