O Governo angolano pretende cortar 9% nas despesas públicas de 2019, reduzindo ainda o preço de referência do barril de petróleo para 55 dólares, conforme proposta de revisão ao Orçamento Geral do Estado (OGE) entregue hoje no parlamento.
Pelo menos 103 camiões de combustíveis foram abastecidos das 00h00 às 13h00 desta terça-feira, na base dos Serviços Logísticos Integrados da Sonangol (SONILS), para atenuar a crise do produto que se regista desde sábado, em Luanda.
O Presidente angolano admitiu hoje que "falta de diálogo" entre a petrolífera estatal Sonangol e o Governo "contribuiu negativamente" para o processo de importação de combustíveis e consequente escassez do produto no mercado em todo o país.
A crise da distribuição de derivados de petróleos, associado à exiguidade de dólares, segundo o comunicado da Sonangol, parece claramente dar a ideia de que Angola se encontra sob sanções que inviabilizam a normal circulação da referida moeda no mercado angolano ou, fundamentalmente, nas transacções com o exterior.
O Presidente angolano, João Lourenço, está "agastado" com a crise de combustíveis em Angola, disse hoje fonte oficial à agência Lusa, indicando que o assunto vai ser debatido esta manhã na Presidência da República.
A moeda angolana voltou a atingir mínimos históricos, atingindo uma depreciação de 49,305% desde que as autoridades de Luanda começaram a vender as divisas em leilão aos bancos comerciais.
A falta de combustíveis em Angola, que começaram a rarear na passada sexta-feira, fez disparar os preços do litro de gasolina e gasóleo um pouco por todo o país, atingindo, nalguns casos, quase o quádruplo.
As autoridades angolanas expulsaram, na última semana, 2.247 cidadãos estrangeiros por "decisão judicial e administrativa" e detiveram 2.346 cidadãos por "permanência e auxílio à imigração ilegal", anunciou hoje o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) angolano.
Do recurso apresentado pelos constituintes do Podemos-Ja, por exemplo, em Novembro último, o TC tinha 60 dias para se pronunciar mas está em silêncio.
Angola está a registar escassez de combustíveis, com dificuldades maiores vividas na capital do país, onde filas enormes de viaturas, motorizadas e cidadãos com bidões marcam o cenário nos postos de abastecimento no meio de "várias reclamações".