A moeda nacional de Angola, o kwanza, valorizou-se 2,3% de janeiro até final de agosto, mas deverá chegar ao final do ano pressionada, registando um câmbio de 648,8 kwanzas para cada dólar, segundo a consultora NKC African Economics.
Os depósitos em moeda estrangeira nos bancos comerciais angolanos caíram 5,0 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros) nos últimos seis anos e os depósitos em moeda estrangeira expressos em kwanzas aumentaram, anunciou o banco central.
A moeda nacional já apreciou 1,8% face ao dólar e 6,1% face ao euro desde o início do ano, quebrando um ciclo de forte desvalorização iniciado em 2018 com a alteração à política cambial, que visou flexibilizar a taxa de câmbio.
Se até há pouco tempo os clientes bancários recorriam ao mercado informal para garantir acesso a moeda estrangeira, já que uma transferência bancária para o exterior demorava vários meses a concretizar, agora fazem-no porque já é mais barato comprar dólares ou euros nas ruas do que banca.
O Banco Nacional de Angola (BNA) deixou de ser o principal provedor de moeda estrangeira na economia, no âmbito das reformas do mercado cambial, deu a conhecer o vice-governador da instituição, Manuel António Tiago Dias, num webinar em que participaram especialistas de bancos centrais de alguns países da SADC, Portugal, do FMI e da Bloomberg.