Segunda, 20 de Janeiro de 2025
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Quarta, 11 Dezembro 2024 10:05

ONG afirma que empresário São Vicente corre perigo de vida

A Associação angolana Justiça, Paz e Democracia (AJPD) avança que o antigo patrão da extinta seguradora AAA, Carlos São Vicente, condenado a nove anos de prisão efectiva, corre perigo de vida, devido a maus-tratos que tem sofrido na cadeia. O empresário terá lesado o Estado em mais de 900 milhões de dólares.

Associação Justiça, Paz e Democracia afirma que Carlos São Vicente, detido na cadeia de Viana, enfrenta um dos piores momentos da sua vida.

O empresário angolano foi condenado em Março de 2022 a nove anos de prisão pelos crimes de peculato, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

O líder da Associação Justiça, Paz e Democracia, Serra Bango, denuncia que o empresário, casado com a filha do Primeiro Presidente angolano, Agostinho Neto, tem sido torturado por agentes dos serviços prisionais, supostamente orientados por uma procuradora que já foi exonerada das funções.

A notícia foi avançada pela imprensa angolana, no passado mês de Outubro. A directora do Serviço Nacional de recuperação de Activos, Eugénia Rodrigues, terá exigido a Carlos São Vicente a devolução do seu património, em troca da liberdade. Serra Bango que refere que o empresário angolano já cumpriu parte da pena e que está agora em condições de beneficiar da liberdade condicional.

“O Doutor São Vicente, que já cumpriu parte da sua pena, estando agora em condições de gozar o benefício da liberdade condicional, também. A este foi apresentada uma proposta, como pré-condição, para ser conseguida a liberdade condicional devolver todo o património ao Estado, como condição prévia. Se assim não fizesse, isso mesmo lhe foi dito por uma Procuradora, haveria de apodrecer na cadeia”, advertiu a AJPD.

Associação Justiça, Paz e Democracia revela que para fragilizar a saúde e a vida do empresário, a fim de renunciar dos seus bens a favor do Estado, o serviço prisional limitou as visitas de familiares e deixou de lhe dar assistência médica.

“Foram criadas restrições à família para o visitar (…) Não lhe dão a medicação, nem a assistência médica necessária, para que ele consiga sobreviver”, advertiu o activista.

O antigo presidente da extinta seguradora também foi obrigado a indemnizar o Estado com 500 milhões de dólares, já que, segundo a justiça, Carlos São Vicente terá lesado a petrolífera estatal Sonangol em mais de 900 milhões de dólares. RFI

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Last modified on Quarta, 11 Dezembro 2024 13:09