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Domingo, 28 Outubro 2018 08:54

“Operação Transparência” chega em Luanda e mais dez províncias

A “Operação Transparência”, que visa combater o garimpo de diamantes e a imigração ilegal, vai ser estendida às províncias de Luanda, Bengo, Moxico e Zaire.

De acordo com o comissário António Bernardo, porta-voz da operação, que já decorre em sete províncias, o processo vai ser alargado a Luanda, Bengo, Moxico e Zaire, por registarem uma intensa presença de estrangeiros em situação ilegal.

Ao fazer o balanço dos primeiros 32 dias da operação, que já decorre em sete províncias, o porta-voz indicou que a operação vai continuar e alargada com a mesma intensidade noutros pontos do país.

“A operação deve continuar, com a mesma intensidade, e estender-se  a outras províncias. Estamos a falar  do Moxico, Bengo, Luanda e Zaire, por registarem ainda intensa a presença de estrangeiros ilegais que têm um peso bastante elevado na nossa economia e representa uma dificuldade para o nosso Governo”, afirmou.

Durante os 32 dias da operação, que abrangeu as principais áreas de incidência da imigração ilegal -áreas de tráfico ilícito de diamantes - segundo o porta-voz, a operação atingiu os seus objectivos. "Naqueles lugares onde o foco do garimpo era intenso, hoje estes locais estão sob controlo da Policia Nacional e das Forças integrantes do sistema de defesa nacional\", salientou.

Da operação, informou, resultou a saída voluntária de mais de 400 mil cidadãos estrangeiros que se encontravam ilegalmente a residir no nosso país. “Neste período podemos também recuperar mais de 17.332 quilates de diamantes e ainda, por avaliar, mais de 1.800 supostas pedras de diamantes", acrescentou.

No mesmo período as autoridades apreenderam mais de 17 milhões de kwanzas e mais de um milhão de dólares dos Estados Unidos.

As autoridades encerraram mais de duas centenas e meia de casas de compra de diamantes, mais de 90 cooperativas e apreenderam meios industriais, semi-industriais e vários equipamentos que serviam para a extracção de diamantes.

Ilegais com filhos com angolanas podem resolver situação migratória

O Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) vai estar aberto à regularização migratória dos estrangeiros ilegais, de ambos os sexos, que vivem com mulheres ou homens angolanos ou que tenham filhos angolanos, informou, ontem, em Luanda, o chefe de departamento de Inspecção do SME.

Para não separar filhos gerados entre cidadãos angolanos e estrangeiros em situação ilegal no país, o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) vai estar aberto à regularização migratória destes processos. Segundo o chefe do Departamento de Inspecção do SME, superintendente Pedro Malebo, os estrangeiros nesta condição devem deslocar-se à sede do Serviço de Migração e Estrangeiros com toda a documentação necessária para a regularização da situação migratória. Pedro Malebo, que falava ontem à imprensa, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, durante o repatriamento de 95 cidadãos da Mauritânia em situação migratória  irregular, revelou que há um projecto, cuja data de execução ainda não foi definida, para o registo extraordinário de estrangeiros que se encontram a viver ilegalmente em Angola.

O superintendente Pedro Malebo, que falava ontem à comunicação social no Aeroporto Internacional “4 de Fevereiro”, recomendou aos estrangeiros nesta condição a deslocarem-se à sede do SME com toda a documentação necessária para a regularização da situação migratória. Pedro Malebo lembrou que há um projecto, cuja data de execução ainda não foi definida, para o registo extraordinário de estrangeiros que se encontram a viver ilegalmente em Angola.

Pedro Malebo falava à comunicação social no Aeroporto Internacional “4 de Fevereiro”, onde presenciou o repatriamento de 95 cidadãos da Mauritânia, que exploravam ilegalmente diamantes na província da Lunda-Norte.     

O chefe do departamento de Inspecção do SME pediu à comunidade estrangeira que persuada os seus concidadãos que vivem ilegalmente no país a abandonarem voluntariamente o país. 

No aeroporto, Sidi Abdallahi, membro da comunidade mauritaniana em Angola, assegurou à comunicação social que alguns dos compatriotas expulsos ontem deixaram mulher angolanas e filhos menores.

Por esta razão, Sidi Abdallahi, em Angola há 16 anos, pediu ao Executivo para dar uma oportunidade para se legalizarem e continuarem a viver em Angola e assegurou que alguns dos expulsos exerciam actividade comercial. “As lojas onde faziam o comércio de produtos diversos foram encerradas”, acrescentou Sidi Addallahi, dando uma versão oposta à declaração do  inspector do SME, que disse serem os 95 mauritanianos garimpeiros.

O cidadão mauritaniano afirmou que os expulsos que deixaram mulheres e filhos angolanos saíram de Angola com “coração partido”, razão pela qual pediu moderação às autoridades angolanas durante a realização de operações policiais.

Em Angola, de acordo com Sidi Abdallahi, vivem entre quatro e cinco mil mauritanianos, a maioria dos quais pratica actividade comercial.

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