Detido desde 20 de Junho, o activista está muito debilitado depois de 18 dias em greve de fome.
O Tribunal Provincial de Luanda condenou, na quarta-feira, 67 cidadãos, condutores e cobradores de táxi, (vulgo candongueiros), por crimes de desacato a autoridade e vandalismo, protagonizado segunda-feira na cidade de Luanda.
Pela primeira vez em muitos anos, as autoridades angolanas veem-se na obrigação de gerir com poucos recursos, o que implica fazer cortes. A política externa para a região não podia escapar, mesmo numa altura em que Angola está no Conselho de Segurança da ONU. O acompanhamento de alguns teatros foi sacrificado, ficando a República Democrática do Congo (RDC) no centro das prioridades.
Em Angola, o custo de vida está a subir de forma acelerada. A situação começa a ficar insustentável. Os analistas preveem um maior descontentamento popular semelhante às manifestações realizadas na segunda-feira.
Os 195 pessoas detidos, entre motoristas e cobradores de taxis na passada segunda-feira em Luanda por se manifestarem contra a falta de paragens para cargas e descargas e a recusa das autoridades em actualizar os preços das tarifas, depois do aumento dos preços dos combustíveis, incorrem a uma pena de um mês de prisão efectiva e a uma multa de 50 mil kwanzas.
A Associação dos Taxistas de Luanda (ATL), o Ministério das Finanças e o governo da provincial decidiram continuar com as negociações até sexta-feira.
Rafael Marques disse ontem à Lusa que expôs as situações de abusos dos direitos humanos em Angola junto do Departamento de Estado norte-americano, em Washington.