Uma empresa angolana de reciclagem de lixo elétrico e eletrónico alertou hoje que o país “está a perder divisas, matéria-prima e até empregos” devido aos amontoados de lixo reciclável, que persistem nas ruas, sobretudo em Luanda.
Unidades sanitárias têm assistido, nos últimos dias, ao aumento considerável de casos de diarreias e de vómitos, principalmente em crianças. Há até hospitais sem espaços para internamentos. Médicos queixam-se da falta de medicamentos e de materiais gastáveis.
O presidente da Confederação Empresarial de Angola (CEA) criticou hoje o modelo de contratação de empresas para a recolha de lixo em Luanda, defendendo a “contratação de milhares de angolanos para cada um levar o seu tostão”.
A deputada da UNITA, Mihaela Webba, considerou que, se de facto o partido governo estivesse a trabalhar, Luanda seria a capital mais limpa de África, em virtude das verbas astronómicas que estão previstas no OGE para a limpeza desta cidade.
O economista Carlos Rosado de Carvalho defendeu hoje que a gestão e recolha do lixo em Luanda devem ser feita por uma empresa pública, questionando a capacidade dos privados recentemente selecionados para esta missão.