Quinta, 28 de Março de 2024
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Sexta, 30 Abril 2021 11:14

Governo não assume, mas médicos denunciam surto de diarreia em Luanda

Unidades sanitárias têm assistido, nos últimos dias, ao aumento considerável de casos de diarreias e de vómitos, principalmente em crianças. Há até hospitais sem espaços para internamentos. Médicos queixam-se da falta de medicamentos e de materiais gastáveis.

Os hospitais públicos de Luanda registam aumento considerável de casos de doenças diarreicas e de vómitos, principalmente em crianças, situação que especialistas não hesitam em classificar como "surto", constatou o Novo Jornal, após uma ronda efectuada por algumas das principais unidades sanitárias da capital.

Aliás, embora publicamente as autoridades não tenham ainda assumido o que alguns médicos e enfermeiros admitem ser cenário "difícil de gerir", o NJ sabe que, durante a reunião de terça-feira, 20, em que se começou a "desenhar" a megacomissão que lidera agora a limpeza na capital, a ministra da Saúde revelou ao Presidente da República que o débil saneamento da província deu origem ao aumentado de casos de doenças diarreicas e vómitos nos hospitais públicos.

Durante uma conferência de imprensa de oficialização da task force criada por João Lourenço, realizada no passado sábado, 24, Sílvia Lutucuta assegurou não haver ainda registos de casos de cólera, embora não tivesse descartado a possibilidade de Luanda vir a assistir a um surto da doença em face da actual situação de higiene que atravessa.

Em contrapartida, o Novo Jornal efectuou, esta semana, uma ronda por hospitais e centros de saúde, tendo verificado um "difícil" quadro que os próprios médicos, enfermeiros e outros funcionários revelam estar a "disparar", com o aumento no atendimento de pacientes que apresentam sintomas de dor de barriga, diarreia e vómitos.

Por exemplo, no Hospital Geral dos Cajueiros, sob anonimato, um médico avança que, nos últimos dias, a unidade chega a "atender diariamente pelo menos 200 crianças". NJ

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