O Tribunal de Comarca de Luanda “Palácio Dona Ana Joaquina” deu início ao julgamento do cidadão Gelson Emanuel Quintas “Man Genas”, e de sua esposa, Clementina Suzete, acusados pelo ex-ministro do Interior Eugénio César Laborinho dos crimes de calúnia e difamação.
O Presidente da República voltou a atacar, em termos ásperos, as redes sociais na sua resposta aos tumultos, que, na semana passada, sacudiram o País, mormente Luanda, onde foram registadas dezenas de mortos, feridos e actos de vandalismo e pilhagens de bens públicos e privados.
A instabilidade que se vive em Luanda, resultado da greve dos taxistas, já fez uma vítima política. O ministro do Interior, Manuel Homem, tido como o preferido de João Lourenço para lhe suceder no Palácio da Cidade Alta, ficou definitivamente para trás nesta corrida devido aos tumultos que se verificaram na capital angolana no final de julho.
O clima de crispação volta a agitar as águas no seio da FNLA. Dois membros do Bureau Político do partido dos “Irmãos” nomeadamente, Laiz Eduardo e Ndonda-a-Nzinga, este último responde também pelas funções de Secretário Nacional de Informação e porta-voz daquela formação política, dirigiram uma carta ao Presidente Nimi-a-Simbi a exigir a convocação das reuniões do BP e do Comité Central, até o final de Agosto do ano em curso.
O Tribunal da Comarca de Luanda, Palácio Dona Ana Joaquina, começou, hoje, a julgar o activista Gelson Emanuel Quintas “Man Genas”, acusado de ter supostamente cometido os crimes de calúnia e difamação contra altas figuras da polícia Nacional e do Serviço de Investigação Criminal, acusando-as de estarem envolvidas numa rede de narcotráfico.
Três presidentes de associações de taxistas em Angola foram detidos por suspeita de associação criminosa, incitação à violência, terrorismo e atentado contra a segurança dos transportes, anunciaram esta segunda-feira as autoridades angolanas.
Higino Carneiro foi o primeiro, Valdir Cónego até pediu judicialmente a destituição de João Lourenço, mas o que mais atingiu as fileiras dos camaradas foi mesmo Paulo de Carvalho, que faz uma crítica ferozmente educada a João Lourenço.
“O primeiro alvo [do Governo] foram os taxistas, o segundo a sociedade civil e a seguir, vão fazer conexões com os partidos políticos”, previa Filomeno Vieira Lopes .
Luanda acordou sob forte dispositivo policial, apesar de as ameaças de protesto não se terem concretizado. O medo não acabou, o nervosismo também não. Ondas de choque dos tumultos atingem MPLA.
O líder da UNITA, maior partido da oposição angolana, manifestou hoje preocupação com a narrativa governamental sobre o envolvimento de “incentivadores à violência” e pediu um trabalho com isenção e responsabilidade.