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Segunda, 09 Março 2015 07:05

Polícia impede manifestação em Luanda

A polícia angolana deteve várias pessoas no Sábado  quando tentavam levar a cabo uma manifestação em Luanda.

Onze pessoas terão sido detidas ontem em Luanda pela Polícia Nacional, que abortou uma manifestação espontânea de contestação ao regime liderado desde 1979 por José Eduardo dos Santos, denunciaram jovens activistas locais.

Segundo estes elementos, a intenção passava também por assinalar os quatro anos desde o início da contestação com regulares tentativas de manifestação contra o regime pelo Movimento Revolucionário Angolano, cujos membros são conhecidos como revús.

As onze detenções de ontem, relacionadas com o protesto que não tinha sido anunciado, terão sido concretizadas nos largos da Mutamba e da Independência, no centro de Luanda.

De acordo com os promotores, todos os jovens detidos foram libertados até o final da tarde, informação que a Lusa não conseguiu confirmar junto da Polícia Nacional.

“Queríamos chegar ao Largo da Mutamba e acorrentarmo-nos a um poste ou aos bancos, mas não foi possível. Apesar de termos combinado tudo secretamente, a polícia sabia das nossas intenções e não permitiu a acção”, disse à agência Lusa Pedro Pedrowski Teca, um dos jovens activistas.

O direito à manifestação em Angola está previsto na lei, mas obriga a uma comunicação prévia às autoridades.

Nas tentativas de manifestações anteriores, comunicadas aos Governo Provincial de Luanda, os protestos – visando sempre criticar o actual regime e pedir a demissão do presidente José Eduardo dos Santos – terminaram igualmente com detenções.

Esta foi a primeira acção do género este ano, depois de sucessivas tentativas de protesto convocadas pelo Movimento Revolucionário Angolano, em 2014.

Relato de activistas de Movimento Revolucionário:

Todos os ativistas detidos ao longo do dia de hoje (11) estão agora em liberdade e nas suas respectivas casas.

A polícia agrediu o Francisco Gomes Mapanda e este resistiu e ia provocando acidente do patrulheiro, pelo que depois foi ainda mais sovado, mesmo estando algemado, terminando o dia com muitas dores no corpo, sobretudo no tornozelo do seu pé defeituoso que foi particularmente visado e desconfia-se de um entorce.

Luaty foi cafrikado por um agente embriagado que estava ansioso por bater mais. Ficou-se pelo cafrike, puxões vigorosos na t-shirt e calções e uma torrente de insultos que pareciam sair da boca de um delinquente juvenil. Os óculos voaram-lhe da cara e ao cair, danificaram-se

A políca ROUBOU as correntes, cadeados, 4600 AKZ em dinheiro e duas camisolas que, alegam eles, seriam de propaganda política que se encontravam na mochila do Luaty.

ROUBOU igualmente as correntes, cadeados, dísticos e 500 AKZ que se encontravam na pasta do Baixa de Cassange.

Não foi feita nenhuma promessa de reposição, pelo que insistimos em FURTO QUALIFICADO, por parte dos serviçãis da ditadura.

Momento de descontração: O Comandante Kiala, um dos bárbaros agressores da Laurinda Gouveia e que foi recentemente processado por esta, teve o desplante de dizer triunfante: "até a Laurinda já reconheceu que temos estado a fazer um bom trabalho". Arrancou dos detidos (num escombro chamado de "esquadra" da Boavista) uma sincera e sonora gargalhada, após o que ele se calou por instantes.

LUSA | Central Angola7311

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