nal de Comarca de Viana assegura que irá, no próximo mês, avançar para a retirada dos ocupantes dos apartamentos catalogados pelo tribunal como sendo do Estado, "que nunca os cedeu em momento algum".
Os moradores dizem que não são invasores, tal como já noticiou o Novo Jornal no mês de Junho.
Entretanto, os moradores dizem que há aproveitamento de algumas pessoas ligadas ao aparelho do Estado que estão a usar o tribunal para os desalojar e asseguram que não invadiram os apartamentos, embora não tenham conseguido provar em tribunal, com documentos, a cedência e a titularidade dos apartamentos.
Os moradores afirmam que não adquiriram os apartamentos por via da renda resolúvel, a partir da Sonangol Imobiliária e Propriedade (SONIP), mas sim por pedidos a várias instituições públicas.
Segundo os visados, vivem nesta urbanização há 14 anos e "o tribunal não foi justo por juntar todos os moradores na mesma situação".
O Novo Jornal soube junto do tribunal que os moradores ocuparam ilegalmente um edifício naquela urbanização, com a argumentação de que são provenientes do ex-edifício Cuca, no Kinaxixi, e que foram realojados.
Segundo o tribunal, na lista do Estado fornecida pela SONIP, que fez a distribuição dos apartamentos, esses 80 moradores não fazem parte.
Em função da resistência dos visados, após serem avisados para deixarem os apartamentos, fontes do tribunal asseguram que já notificaram a Polícia Nacional (PN), para que avance com o desalojamento compulsivo dos "invasores", embora estes assegurem que vão continuar a lutar na justiça para a não execução do despejo.