Terça, 27 de Mai de 2025
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Terça, 27 Mai 2025 12:43

Supremo adia audição dos arguidos do julgamento dos generais Kopelipa e Dino

O Tribunal Supremo (TS) angolano adiou para segunda-feira o início da audição dos arguidos do julgamento que envolve os generais angolanos "Kopelipa" e "Dino" após a defesa da CIF Angola solicitar hoje cinco dias para analisar o processo.

O início da audição dos arguidos, inicialmente agendado para hoje, foi marcado para a segunda-feira, deu a conhecer hoje a juíza relatora do processo, Anabela Valente, que anuiu ao requerimento do defensor oficioso da arguida China International Found (CIF) Angola.

Em declarações à Lusa, à saída do TS, o advogado Benja Satula, representante da Utter e Plansmart, recordou que hoje teria início a produção de provas deste processo, mas o tribunal, a defesa e o Ministério Público concordaram em adiar a sessão.

Os arguidos Manuel Hélder Vieira Dias Júnior "Kopelipa", Leopoldino Fragoso do Nascimento "Dino", os dois acusados de defraudar o Estado angolano em milhões de dólares, Yiu Haiming, Fernando Gomes, as empresas Plansmart International Limited, Utter Right International Limited e China International Found (CIF) são acusados dos crimes de peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos, associação criminosa, abuso de poder, branqueamento de capitais e tráfico de influência.

As empresas terão alegadamente sido usadas pelos arguidos para montarem o esquema, envolvendo um acordo de financiamento entre Angola e China para apoiar a reconstrução nacional, após a guerra civil, do qual fazia parte também a China International Fund e suas subsidiárias e a Sonangol.

Questionado sobre o que espera do julgamento, que se iniciou em 10 de março e foi várias vezes suspenso devido à ausência da arguida CIF Angola, julgada à revelia, Benja Satula disse não ter qualquer expectativa, mas garantiu que todos os direitos dos arguidos e da defesa estão salvaguardados, "apesar de algum percalço normal em processos desta natureza e dimensão".

Em relação às constantes suspensões das audiências, o advogado disse que estes aconteceram por se tratar da fase de questões prévias, "que eram fundamentais serem discutidas e decididas", para se chegar à fase da produção de provas.

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