De acordo com um comunicado do Ministério dos Transportes de Angola, os instrumentos jurídicos foram assinados na China, à margem do Fórum de Cooperação China-África.
Para desenvolver o Sistema Integrado do Metro de Superfície no Troço Cacuaco (Marginal – Benfica), o Ministério dos Transportes assinou um memorando de entendimento com a empresa China Communications Construction Company Limited.
Segundo o Ministério, este memorando contempla a elaboração prévia dos estudos de viabilidade técnica, operacional, económica, financeira, de impacto ambiental e de procura, a par de outros que sejam considerados necessários. Em 2023, o Presidente angolano aprovou, por decreto, com data de 22 de março, a despesa e contratação simplificada da empresa Siemens Mobility para a empreitada de “conceção, construção, implementação, fornecimento de equipamentos e tecnologia" relativos à Linha Amarela do futuro Metro de Superfície de Luanda, pelo valor de 1,3 mil milhões de euros.
O departamento especializado em mobilidade ferroviária da alemã Siemens deverá ser o responsável pela linha, em via dupla, do Metro de Luanda, na ligação do porto de Luanda à centralidade do Kilamba, com uma extensão aproximada de 39 quilómetros.
O segundo memorando foi assinado com a Huawei e tem como objetivo realizar projetos conjuntos para a digitalização do setor dos transportes em Angola, designadamente melhorar a eficiência e segurança da nova sede do Ministério dos Transportes, dotando-o de infraestruturas tecnológicas de um edifício inteligente.
As partes pretendem também garantir segurança ferroviária ao Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL), no troço Bungo – Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto (AIAAN) e à volta do seu perímetro, bem como dar formação profissional aos técnicos ligados às redes de comunicação no domínio dos transportes, de aeroportos, transportes rodoviários e caminhos-de-ferro inteligentes.
No âmbito da dinamização do Corredor Norte, o Ministério dos Transportes assinou com a China Road & Bridge Coporation (CRBC) um memorando para a construção, manutenção e operação do projeto de caminho-de-ferro que liga o Terminal de Águas Profundas do Caio, na província angolana de Cabinda, às vizinhas República do Congo e República Democrática do Congo.
O ministro dos Transportes angolano, Ricardo de Abreu, citado na nota, considerou “de extrema importância” a assinatura destes três memorandos para a prossecução e consolidação de alguns dos mais ambiciosos planos de desenvolvimento do setor em Angola.
“Poder contar com a capacidade técnica e financeira de empresas cuja ‘expertise’ é mundialmente conhecida, é para nós motivo de satisfação e de alento, porque nos permite perspetivar a evolução e a conclusão atempada de projetos tão importantes para a mobilidade em Angola, como o são o metro de superfície e o pleno funcionamento dos caminhos-de-ferro, inclusive nas ligações transfronteiriças com países com os quais a nossa interação é regular e vital para o funcionamento mais alargado da nossa economia”, disse o governante angolano. Ricardo de Abreu salientou que “também o funcionamento do AIAAN é por demais relevante”, assim como a formação dos seus quadros técnicos.