De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano, "ao nível nacional a maioria das pessoas empregadas encontra-se no emprego informal, 80,5% das quais 72,2% entre homens e 88,5% entre mulheres".
O relatório sobre os Indicadores de Emprego e Desemprego em Angola, resultantes do Inquérito ao Emprego em Angola, mostra que "a taxa de emprego informal é maior na área rural que na área urbana, com 95,5% e 69,2%, respetivamente".
Estes indicadores não eram publicados desde 2022.
Angola tem 5,4 milhões de pessoas desempregadas, divididas entre 2,5 milhões de homens e 2,9 milhões de mulheres, segundo os dados do INE, que dá conta que o desemprego nas mulheres é ligeiramente mais elevado do que nos homens.
"A taxa de desemprego na população com 15 ou mais anos foi estimada em 31,9%, sendo mais elevada para as mulheres, 33,2%, comparando com os homens 30,4%", o que revela uma diferença de 2,8 pontos percentuais.
Nos centros urbanos, a taxa de desemprego é quatro vezes superior à da área rural, já que a taxa está perto dos 42% nas cidades e em 11,4% nas áreas rurais.
Comparando os dados sobre a taxa de desemprego do último trimestre do ano passado com o quarto trimestre de 2022, o INE diz que "a população desempregada aumentou 11,1%, em relação ao trimestre homólogo" e salienta que "a taxa de desemprego aumentou 2,2 pontos percentuais, que corresponde a uma variação de 7,5% em relação ao período homólogo".
A diferença entre a população desempregada e a taxa de desemprego explica-se pela utilização de conceitos diferentes, já que, explica o INE na nota, "a taxa de desemprego é uma percentagem estimada baseada na declaração de pessoas que não têm emprego formal ou informal, mas estão disponíveis para trabalhar, ou seja, expressa uma estimativa da capacidade do mercado de trabalho formal e informal de satisfazerem a demanda explícita por empregos".
Já o conceito de emprego informal abrange pessoas com 15 ou mais anos de idade empregada no setor privado, em cooperativas, associações, igrejas, organizações não-governamentais (ONG), ou por conta própria, que se encontrava numa das seguintes situações: trabalha em qualquer unidade de produção de bens ou serviços, não registada junto aos órgãos públicos; não beneficia de qualquer apoio social, e não está inscrito na segurança social.