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Segunda, 11 Dezembro 2023 11:26

Namibe pode entrar para a lista de províncias exploradoras de petróleo

O ministro angolano dos Recursos Minerais e Petróleo disse hoje que o primeiro poço de exploração petrolífera no Namibe vai ser perfurado em 2024, minimizando as inquietações sobre a coabitação entre esta atividade e a pesca.

Diamantino Pedro Azevedo disse que a província, no litoral sul de Angola, é essencialmente conhecida por possuir uma indústria pesqueira dinâmica e de importância vital para a sua economia e o sustento das populações.

O ministro reconheceu que o surgimento da atividade petrolífera naquela província “tem suscitado alguma inquietação no que diz respeito à coabitação entre as atividades piscatória e petrolífera”, tendo garantido que esta indústria opera com as mais modernas tecnologias de exploração e produção disponíveis no mercado.

Por isso, estas operações têm “níveis de eficiência e segurança elevados, que garantem que os impactos adversos ao ambiente sejam consideravelmente minimizados”, assegurou.

Falando hoje na abertura de um workshop sobre “Exploração Sustentável dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás na província do Namibe”, o responsável considerou crucial a realização de investimentos em campos petrolíferos maduros, que absorvem 80% da produção nacional, visando a reposição das reservas produzidas e a atenuação do declínio da produção.

Para Diamantino Pedro Azevedo, em caso de sucesso nas atividades de exploração, a Bacia do Namibe jogará um papel importante para a reposição de reservas e para travar o declínio da produção.

“Reconhecendo que o setor petrolífero é de capital intensivo e com nível de exigência elevado, sobretudo quando se trata de atividades desenvolvidas em águas profundas e ultraprofundas, como é o caso dos blocos da Bacia do Namibe, o executivo angolano tem criado condições necessárias para um bom ambiente de negócios para os investidores” disse.

O potencial petrolífero da Bacia do Namibe carece de avaliação e é a única que ainda não foi testada pela perfuração, sinalizou.

O ministro angolano recordou que, no âmbito da Estratégia de Atribuição de Concessões Petrolíferas 2019-2025, foram licitados em 2019 nove blocos na Bacia do Namibe, dos quais três foram adjudicados, nomeadamente o Bloco 27 operado pela Sonangol, o Bloco 28 operado pela Azule Energy e o Bloco 29 operado pela Total Energies.

Em 2020, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, por via de negociação direta, celebrou três contratos de serviço com risco com a ExxonMobil para os Blocos 30, 44 e 45, realçou.

“Atualmente, estão em curso estudos de geologia e geofísica nos blocos acima referidos e prevê-se a perfuração do primeiro poço de pesquisa no Bloco 30 em 2024, cujos resultados permitirão ter conhecimento mais profundo do potencial petrolífero da Bacia do Namibe”, disse.

Segundo Diamantino Pedro Azevedo, caso o poço que será perfurado no próximo ano se revele comercial, a Bacia do Namibe será mais atrativa, devendo captar mais investimentos para a exploração e produção de hidrocarbonetos.

Quanto à exploração do lítio, o ministro diamantino Azevedo fez saber que o período de prospecção é de sete anos e precisa-se de um forte investimento para o sucesso da empreitada.

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