Num comunicado, a VFS Global, que presta serviços a governos e missões diplomáticas, refere que “há de facto” uma escassez de vagas para marcação e atribuição de vistos em determinados locais, devido à procura elevada no período pós pandemia e elevada necessidade de viagens em muitos países.
“É nestas alturas que as fraudes podem surgir, com pessoas a enganarem os que pretendem viajar, oferecendo-lhes vagas para marcações em troca de dinheiro. A VFS Global, que é completamente contra este tipo de atuação, adotou medidas para eliminar as marcações fraudulentas e a utilização abusiva do sistema de marcações”, lê-se no comunicado.
O comunicado da VFS Global surge uma semana depois de a Lusa noticiar a atuação de intermediários que operam no centro de vistos de Luanda, prometendo celeridade nos agendamentos e disponibilizando vagas em troca de dinheiro.
As marcações das entrevistas são gratuitas, garante a empresa, acrescentando que as mesmas são validadas por ordem de entrada da solicitação.
“As vagas para agendamentos são disponibilizadas com base nas prévias aprovações feitas nas respetivas missões consulares”, indica o comunicado.
A empresa sublinha que “não desempenha qualquer papel neste processo nem na decisão de quantos processos vão ser aceites dentre os candidatos, ato que é da inteira responsabilidade e critério do consulado do respetivo governo para o qual presta serviços”.
As vagas para a marcação dos agendamentos são disponibilizadas on-line, em função do volume de procura ou previsão, e ainda em conjugação com a capacidade de resposta do consulado, destaca.
“Uma vez feito o agendamento, a VFS recomenda vivamente aos candidatos que se apresentem no Centro de Vistos 15 minutos antes da hora marcada para evitar que percam a sua vaga”, apela.
A empresa aconselha todos os requerentes de vistos a terem cuidado com os impostores que “falsamente prometem marcações antecipadas em troca de dinheiro, adotando medidas excecionais que visam mitigar as ações fraudulentas nos centros de vistos”.
“A VFS relembra a todos que é estritamente proibido solicitar a marcação de entrevistas com base em pagamentos, que só é permitida a entrada nas instalações do centro de vistos aos requerentes com uma marcação válida, e que as agências de viagens ou outras entidades terceiras já não estão autorizadas a fazerem quaisquer tipos de consultas no balcão de informações do 2.º andar”, afirma.
Aos interessados na obtenção de vistos que se confrontem com alguma das situações irregulares descritas, a VFS solicita que lhe exponham a situação através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
A empresa acrescenta que, para resolver esta questão, reforçou os avisos através de várias ferramentas de contacto com os seus clientes, designadamente, plataformas das redes sociais, SMS, mensagens de voz do Centro de Atendimento, anúncios publicitários e cartazes nos centros de candidatura.
A VFS Global salienta que “não desempenha qualquer papel, não influencia, nem comenta o resultado dos processos de pedido de vistos de qualquer requerente”, adiantando que a decisão de conceder ou não um visto é da exclusiva responsabilidade da respetiva missão diplomática, incluindo o tempo de espera que o processo leva até à sua conclusão.
“A VFS Global continua a trabalhar com as respetivas missões diplomáticas, a exemplo do Consulado Geral de Portugal em Angola, sobre determinadas preocupações, como por exemplo, a indisponibilidade de marcações e o longo tempo de espera para a conclusão dos processos”, refere.
A VFS Global aconselha os requerentes e agentes de viagem a solicitarem o seu visto “o mais cedo possível e permitido”, informando que a maioria dos países aceita pedidos de visto até 90 dias (três meses) antes da data da viagem e com o novo Código de Vistos Schengen, em vigor desde 09 de fevereiro de 2020, “é possível solicitar um visto Schengen até seis meses antes da data da viagem”.
