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Quarta, 16 Dezembro 2020 10:11

Factos podem ligar GRECIMA à Semba Comunicação dos filhos de Eduardo dos Santos

Manuel Rabelais, de 67 anos, em julgamento pelos crimes de peculato, branqueamento de capitais e violação das normas de execução orçamental, disse aos juízes do Tribunal Supremo que o extinto Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração (GRECIMA), pagava jornalistas da TPA, RNA, TV ZIMBO e Jornal de Angola para falarem bem do Governo do MPLA.

Informações postas à circular, avançam que, quando Manuel Rabelais afirma que o GRECIMA não tinha funcionários, com excepção do Director, não está a mentir mas sim diz meia-verdade, porque o GRECIMA, na prática, era apenas um vazo, cujo conteúdo era a Semba Comunicação o grupo que geria os conteúdos da TPA 2.

O esquema, conforme as alegações, era simples, sendo que o Estado punha dinheiro no vazo (GRECIMA) e a Semba Comunicação de Tchize dos Santos e seu irmão Coreon Du, filhos do ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, pegavam neste dinheiro para a produção de conteúdos e outras encomendas, com lucros.

Em uma linguagem jurídica, a Semba era contratada do GRECIMA, que era um corpo em espaço vácuo, dependendo estratégica e financeiramente da Casa de Segurança e não da Casa Civil, numa altura em que o seu Director era da Casa Civil, igualmente secretário para Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa do Presidente da República.

"Quem dava corpo a tudo nas instalações do GRECIMA era a Semba Comunicação que chegou a colocar no local, mais de cem trabalhadores, contabilidade e todos os meios técnicos eram da Semba Comunicação", conforme alegações.

Após a extinção do GRECIMA, em Outubro de 2017, a Semba Comunicação terá carregado consigo todos meios em boas condições (carros, máquinas de filmagens, entre outros), deixando apenas os meios em estado obsoleto e o edifício, um exército de trabalhadores, entre técnicos de comunicação (excedentes), empregados de limpeza e protectores físicos que eram trabalhadores do GRECIMA, contratados da Semba.

"Luís Fernando, actual secretário para Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa do Presidente da República, encontrou sim um edifício incólume, livros atirados no canto do armazém", acrescenta.

Como medida, as instalações passaram a ser protegidas pelas tropas da Unidade de Segurança Presidencial, enquanto os empregados de limpeza foram enquadrados na empresa que cuida do Palácio, embora que juridicamente, Luís Fernando não tinha obrigação de o fazer, mas que a sensibilidade terá falado mais alto.

Refere ainda que, os antigos técnicos, abandonados pela Semba Comunicação, estão hoje espalhados por vários órgãos de Comunicação Social e alguns (numa média de 15), ficaram na Presidência da República.

Mais recentes informações, dão conta que o GRECIMA terá igualmente beneficiado inúmeros jornalistas de renome, de órgãos públicos para além de entidades religiosas.

Tchizé dos Santos, disse através do seu Facebook que é muito normal que o Estado tenha prestado os meios contratualmente estabelecidos, a empresas prestadoras de serviços, a entidades ou empresas das quais é responsável ou titular, porque para esta, quem contrata uma empregada para limpar a sua casa, tem que lhe colocar à disposição lixívia, vassoura e detergentes.

"Deixem de estar a citar o meu nome (Welwitschea dos Santos) com fins políticos no caso GRECIMA ou Manuel Rabelais, pois NUNCA fui gestora, nem funcionária da SEMBA, ou colaboradora do GRECIMA, já que fui eleita DEPUTADA 3 vezes para mandatos desde 2008 até 2022 e seria impossível, porque é incompatível eu estar a gerir empresas enquanto exercia o cargo de Deputada à Assembleia Nacional", escreveu Tchizé.

Tchize dos Santos, disse ainda que o editor do folhetim de propaganda política (financiado com dinheiro público) “Jornal de Angola” teria vergonha na cara porque não é jornalista em parte alguma do mundo e sim Bajulador, ao serviço do regime, perseguindo quem é escolhido como alvo político a abater pelos seus bajulados (actual direcção do partido no poder, o MPLA ).

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