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Segunda, 14 Dezembro 2020 22:59

Administradores da Sonangol ganham 12 vezes mais que Deputados da Assembleia Nacional

Em Angola, deputados são acusados de ter largas mordomias quando no país a população vive na extrema pobreza. O Parlamento continua em silêncio quanto à polémica do bónus natalício e os deputados não querem falar.

Os grupos parlamentares consideram falso o valor do referido prémio. Contudo, está tudo publicado no Diário da República, depois de ter sido aprovado pelos deputados numa sessão sem cobertura da imprensa, revelando um prémio de natal avaliado em 4 milhões de Kwanzas (o equivalente a cerca de 5 mil euros).

Em 2018 a Assembleia Nacional de Angola aprovou um aumento de 5% nos salários-base dos 220 deputados das cinco forças políticas, segundo uma resolução de 10 de janeiro, com efeitos retroativos.

Além do salário equivalente a 1.530 euros, os deputados viram ainda acrescentados subsídios e compensações para que exercício eficaz do seu mandato enquanto representantes do povo seja assegurado, acrescido de vários subsídios, para lhes “conferir maior dignidade remuneratória” face à inflação verificada no país.

O Presidente da Assembleia Nacional passou a ter o seu salário fixado em 608.123 kwanzas (cerca de 1.700 euros), ao qual foi acrescentado uma componente correspondente a 80% deste valor para Despesas de Representação. A este valor somar-se-ão ainda as mensalidades de um subsídio de Pessoal Doméstico de valor igual ao seu salário e um subsídio de Comunicação de 90%.

SALÁRIO NA SONANGOL

Mas o escrutínio público das actividades parlamentares escondem realidades mais opacas como o salário de presidente da Sonangol, avaliado em 31 500 dólares e uma Administração cujo ordenado (administradores e directores) é de 22 837 dólares (20 371 euros), e os directores cujo vencimento dos diretores corresponde a 13 250 dólares (11 819 euros) por mês – valores de 2016.

DW, Lusa (ALTA FINANÇA)

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