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Quarta, 15 Julho 2020 19:01

Covid-19: Maioria dos habitantes de Luanda defendem aulas canceladas até ao próximo ano letivo

A grande maioria dos cidadãos de Luanda, 90,8%, considera que o ano letivo de deve ser anulado e apenas 7,1% acha que as aulas devem ser retomadas em setembro, revela uma sondagem sobre as medidas preventivas da covid-19.

O estudo, enviado hoje à agência Lusa, foi realizado pela Marktest Angola, entre 09 e 13 de julho, com entrevistas a 447 pessoas, com mais de 15 anos, sobre as novas medidas de prevenção e combate à covid-19, que o país tem já registo de 541 casos positivos e 26 óbitos.

As aulas em Angola estão suspensas desde março passado devido à pandemia e deveriam ter retomado a 13 de julho, mas as autoridades recuaram devido ao aumento de casos de covid-19, sem avançar nova data.

A sondagem avança que apenas 1,7% dos inquiridos defenderam o “arranque das aulas já”.

Sobre as novas medidas de prevenção e combate da covid-19, que reafirma a cerca sanitária à província de Luanda, o epicentro da pandemia, e do Cuanza Norte, o uso obrigatório de máscaras na rua, 75% dos luandenses concordam com as decisões.

Entretanto, 8% dos entrevistados não concordam com as novas regras, porque reduzem os dias de venda (20%), provocam dificuldades económicas, nomeadamente falta de alimentos (17%) e não veem necessidade de se implementar novas medidas (14%), sendo ainda opinião de 7% dos inquiridos, que as autoridades tomaram as medidas sem pensar no povo.

Relativamente ao uso de máscaras de proteção, cuja utilização é agora obrigatória na rua, a sondagem revela que a grande maioria (72%) faz uso das artesanais, feitas com pano do congo.

“Em relação à sua higienização cerca de 92% dos utilizadores de máscaras do congo usa-as um dia antes de as lavar e cerca de 96% de utilizadores de máscaras cirúrgicas também as usa apenas um dia”, refere o documento, salientando que 61% de quem usa a máscara cirúrgica deita-a fora e 39% reutiliza-a lavando-a.

Em relação ao modo como as autoridades estão a proceder face à pandemia, cerca de 65% considera que está “a proceder bem ou muito bem” e cerca de 11% refere que está “a proceder mal ou muito mal”, enquanto cerca de 77% acha que o Presidente da República está a atuar bem perante os desafios da covid-19.

A sondagem indica que mais de metade dos entrevistados (52%) confiam nas informações oficiais sobre a covid-19, mas cerca de 30% consideram que os dados não são credíveis.

Angola regista desde março, quando surgiu a primeira infeção por covid-19, um acumulado de 541 casos positivos, dos quais 397 estão ativos e 118 recuperados, com o registo ainda de 26 mortes.

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