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Sábado, 28 Dezembro 2019 09:47

Câmara do Comércio Angola-China “surpresa” com caso de falsificação

O presidente da Câmara de Comércio Angola-China, Arnaldo Calado mostra-se “surpreso” com a ocorrência de um suposto crime de falsificação da moeda nacional no centro comercial Cidade da China, a maior estrutura comercial do gigante asiático em solo angolano

Arnaldo Calado reagia à notícia da detenção do presidente do Conselho de Administração da Hua Dragão, Jack Huang, por suspeita de envolvimento num esquema de falsificação de moeda. Esta semana veio a público o caso da detenção de um auxiliar de limpeza da Hua Dragão, empresa proprietária da Cidade da China, detido a 3 de Dezembro, depois de ter tentado fazer compras com notas falsas num mercado do Distrito Urbano da Estalagem, município de Viana. No seguimento do caso foram detidos nesta Quintafeira na Cidade da China, localizada no Pólo Industrial de Viana, sete cidadãos chineses. No grupo de chineses detidos estão, além do presidente do Conselho de Administração da Hua Dragão, cinco funcionários da mesma empresa e o proprietário do contentor de onde foi retirado o dinheiro contrafeito.

Segundo o presidente da Câmara de Comércio Angola-China, o empresário detido ainda não é membro da sua instituição, mas admite ter tido com o mesmo já um contacto preliminar onde o mesmo terá manifestado “vontade” de filiar-se.Calado revela que o empresário chinês pareceu-lhe uma pessoa com “bom estofo financeiro” e cheio de boas intenções pelo que continua “surpreso” com o suposto envolvimento neste tipo de crime. “Até agora, salvaguardando o princípio da presunção de inocência, continuo a interrogar-me o que levaria uma pessoa com as posses declaradas por ele a envolver-me neste tipo de crime”, interroga-se Calado.

Arnaldo Calado adverte para a tendência de considerar o caso como um “crime de cidadão chines”, como vai ocorrendo na esfera pública. “Na China temos o bom e o mau, assim como existe a mesma situação em todas as restantes nacionalidades do mundo”, comentou o responsável.

O presidente da Câmara do Comércio Angola- China, prefere esperar o desenvolvimento das investigações, crente de que os órgãos farão o seu trabalho e em caso do cidadão estar implicado “cá ou na China pagaria na mesma medida”, porque crime sempre será punido em qualquer Estado de bem.

Procuradora promete fornecer mais detalhes

O procurador da República titular junto de Viana-Norte, Luís Bento Júnior, esclareceu a imprensa nesta Quinta-feira que a detenção dos chineses visa a realização do “auto de reconhecimento directo e de uma acareação”. Luís Bento Júnior acentuou que o processo corre trâmites enquanto prosseguem as investigações. OPAIS

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