Falando em conferência de imprensa, o comissário Orlando Bernardo disse que os ex-polícias tinham sido demitidos no decurso de um processo disciplinar, que culminou com o afastamento destes por vários motivos. Lembrou que, dos cerca de 300 efectivos expulsos na altura, concluiu-se que apenas 65 são efectivos, os restantes são infiltrados.
Orlando Bernardo informou que todo o processo está a ser conduzido pela inspecção do comando geral da corporação, que trabalha no sentido de apurar os verdadeiros polícias e responsabilizar criminalmente os restantes infiltrados, por falsa qualidade.
Na altura, disse, os efectivos beneficiaram da amnistia e, com isso, foram dados 45 dias para serem reintegrados, mas, por vários motivos, este grupo ficou de fora e só agora serão incorporados, uma responsabilidade assumida pelo Comando Geral da Polícia Nacional.
O porta-voz comando geral explicou que o ingresso para a Polícia Nacional ocorre através do licenciamento à reforma dos efectivos provenientes das Forças Armadas Angolanas e recordou que, dos 12 mil efectivos previstos neste processo, nove estão já na corporação, restando três mil que serão enquadrados de forma paulatina.
“O processo é lento, porque obedece a uma selecção de efectivos que vai de encontro com o perfil de entrada na Polícia Nacional”, disse, para quem a formação, a idade e os testes psicotécnicos são tidos em conta na selecção dos candidatos provenientes das FAA.
O comissário informou que, para tal, foram criadas duas comissões a nível das Forças Armadas e da Polícia Nacional trabalham neste processo.
O ex-inspector-chefe Cardoso Sebastião, um dos abrangidos neste processo, disse que em 2011 havia sido seleccionado para participar no 15º curso intensivo de 45 dias, mas, quando restavam apenas dois dias para o encerramento, constatou-se que havia elementos infiltrados.
