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Terça, 26 Novembro 2019 20:43

Sinais de fraude em eleições suspendem mandato na Ordem dos Advogados de Angola

Foto de arquivo Foto de arquivo

Indícios de fraude na reeleição do Conselho Provincial de Benguela da Ordem dos Advogados de Angola (OAA), ocorrida no último final de semana, impõem suspensão do mandato da lista B, que terá beneficiado de mais de cem votos de eleitores impedidos de exercer o direito.

A lista A, que já havia denunciado falta de transparência na gestão da direcção cessante, viu o bastonário da OAA anuir o pedido de impugnação do acto eleitoral, assente na participação de advogados com três meses de quotas em atraso.

O jurista Hipólito Capingala, mandatário da lista que impugnou as eleições, diz que existem outras falhas, mas prefere destacar o que chama de «clara violação» dos estatutos da OAA.

‘’Só podem fazer parte dos cadernos eleitorais os advogados com capacidade eleitoral activa. Ao incluírem mais de cem com dívidas avultadas e ao permitirem que fizessem o pagamento no dia do voto… é uma grave violação dos regulamentos e dos nossos estatutos. Somos advogados, podemos ir a tribunal’’, promete o mandatário.

À espera de um novo acto eleitoral, a lista do candidato Waldemar Tadeu obteve 75 votos, contra 153 dos seus opositores, liderados por Waldino Sima, que não pôde tomar posse.

O presidente cessante ainda não reagiu à impugnação, mas antes das eleições foi confrontado com a problemática da quotização no Conselho Provincial, que controla cerca de 250 associados.

‘’A cultura de pagamentos de quotas é um assunto que nós resolvemos em assembleia. Temos mecanismos para avaliar todos os problemas internos em sede própria’’, comenta Sima.

Com o mandato suspenso, o Conselho Provincial está a ser gerido pela Comissão Eleitoral, que fica à espera da última posição do bastonário, que passará pela validação do acto ou pela marcação de um novo. VOA

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