A "limpeza" efectuada pelo Presidente angolano da Casa de Segurança que culminou com a exoneração do general Pedro Sebastião, substituído por outro general Francisco Pereira Furtado, e o pedido de João Lourenço ao novo Chefe da Casa de Segurança para "varrer" todos os fantasmas das Forças de Defesa e Segurança estão a ser recebidos com muito cepticismo pelos partidos na oposição.
O MPLA, partido no poder em Angola, enalteceu hoje a "coragem e convicção demonstradas" pelo Presidente angolano, João Lourenço, na gestão do que considera "tão sensível processo" que envolve responsáveis da Casa de Segurança do chefe de Estado.
A UNITA, oposição angolana, considerou esta quarta-feira que o "esquema de corrupção" que envolve o major Pedro Lussati, ligado à Presidência da República, configura a "fragilidade do sistema de segurança" de João Lourenço e do "Estado angolano em geral".
Deputados apelam para a mudança no uso e fiscalização dos fundos financeiros especiais. Presidência remete esclarecimentos ao Ministério das Finanças, que não respondeu ao VALOR
A Procuradoria-Geral da República (PGR), que apreendeu os bens em posse do major das Forças Armadas Angolanas ( FAA ), Pedro Lussaty, admitiu que este efectivo não agiu sozinho nas operações que deu origem aos bens que supostamente são seus, segundo as declarações do Procurador Geral, a investigação em torno do caso está num bom caminho.
A UNITA avisa que poderá não se responsabilizar por acções dos seus militantes que estão “fartos” da campanha de desinformação e “diabolização” contra o seu presidente Adalberto Costa Júnior.
Partidos políticos da oposição angolana condenaram hoje o “escândalo financeiro” que envolve oficiais ligados à Presidência da República, pedindo “responsabilização exemplar” dos implicados, enquanto o MPLA garante que “o combate à corrupção vai continuar, doa a quem doer”.