Os que acompanham ao longe e/ou de perto o articulista Ismael Mateus, percebem de imediato que sim, o jornalista ignora com invulgar desfaçatez, as realidades prementes que as constantes turbulências criadas pelo líder do seu partido têm deixado o país cheio de mazelas gravosas no tecido da nossa expressiva angolanidade, inclusive quando nas vestes de presidente da república.
Antes de mais, é bom ressaltar que a prestação de contas dos partidos se diferencia da prestação de contas da campanha eleitoral, uma vez que esta última é regulamentada pela Lei n.° 36/11, de 21 de Dezembro - Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais, artigo 80.°- 85.° e tem como finalidade primordial exercer o controle financeiro do processo eleitoral, de forma a impedir o abuso de poder, notadamente aquele de carácter econômico, bem como garantir a igualdade entre as formações concorrentes.
Uma das conclusões extraídas das últimas eleições é que as duas principais formações políticas do sistema político angolano, o MPLA e a UNITA, estão “politicamente esgotadas”. O MPLA, pelo desgaste inerente ao longo e problemático consulado (no poder), e a UNITA, pela incapacidade de concretizar a alternância política, pois, para desilusão de muitos angolanos, também não resultou em mudança de poder a “fórmula gregária UNITA/FPU” que experimentaram como se fosse “a última tábua de salvação”.
Apesar de roubado nas urnas, o povo festeja alegre com a UNITA/FPU a verdade eleitoral desviada com finalidade confessa. Existem razões de sobra para o povo manifestar o seu desagrado, e continuar destemido a denunciar o afrontoso roubo eleitoral, preparada pelo partido do regime.
Nesta caminhada tudo tem o seu momento. Este sábado é hora de enchermos a rua com a nossa alegria, as nossas músicas e orações, velhos e novos, vamos celebrar a soberania do Povo e honrar a democracia