"Este dia representa um marco doloroso na trajectória da nossa Nação, um dia que culminou na perda de milhares de vidas angolanas e deixou cicatrizes profundas na nossa sociedade", escreveu esta segunda-feira, 27, na sua página de Facebook, o principal líder da oposição.
"Hoje, ao lembrarmos aqueles que perderam as suas vidas em 27 de Maio de 1977, reafirmamos o nosso compromisso de nunca esquecer a sua dor e sofrimento e em sua memória possamos trabalhar juntos, construir um futuro onde a liberdade, a dignidade e os direitos humanos sejam a base sólida sobre a qual nossa Nação seja erguida", acrescentou Adalberto Costa Júnior, que defendeu a criação de um ambiente onde o diálogo e a compreensão prevaleçam sobre o conflito e a divisão.
Para o presidente da UNITA, "os angolanos devem trabalhar incansavelmente para construir um País onde todos os cidadãos possam viver em segurança e dignidade, livres do medo da repressão e da violência".
"A verdadeira força de uma Nação está em sua capacidade de abraçar a diversidade de pensamentos e de proteger os direitos de todos os seus cidadãos. Este dia de lembrança é também um chamado à acção. Devemos renovar o nosso compromisso com a Paz, a Justiça e a Democracia", referiu, salientando que ao lembrar o 27 de Maio de 1977, os angolanos são chamados a refletir sobre os erros do passado e a importância de aprender com eles.
"Hoje, rendemos a nossa mais profunda homenagem às vítimas desse trágico evento. Homens, mulheres e jovens perderam as suas vidas de maneira cruel e injusta. As suas memórias permanecem vivas em nossos corações, e suas histórias continuam a ecoar como um lembrete sombrio das consequências da intolerância e do autoritarismo", concluiu.
Refira-se que o 27 de Maio de 1977 foi uma alegada tentativa de golpe de Estado levada a cabo por "fracionistas" do MPLA, liderados por Nito Alves, ainda sob a Presidência de Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, em que terão morrido milhares de angolanos. NJ