Nesta resposta atirada contra Adalberto Costa Júnior, o BP do MPLA diz mesmo que não caminhará em qualquer circunstância com o líder o partido do "Galo Negro" depois deste ter admitido caminhar junto com o MPLA se isso for importante para defender os interesses dos angolanos.
Em comunicado, o BP do MPLA vem opor-se às "narrativas eivadas de intenções que atentam contra a soberania nacional e os seus titulares, a integridade territorial, a ordem constitucional, bem como a dinâmica de desenvolvimento económico, político, social e cultural que Angola regista", focando-se no discurso do líder da UNITA no Sábado.
"Contrariamente aos discursos demagogos dos seus adversários políticos, o MPLA reitera o compromisso de continuar a trabalhar tendo como bússola uma comunicação verdadeira e honesta, capaz de mobilizar os angolanos em prol do desenvolvimento económico e social do País", lê-se numa "nota de repúdio" divulgada pelo Bureau Político do MPLA.
Este órgão máximo do partido no poder exorta, mais uma vez, os angolanos de bem a "manifestarem o seu sentimento de reconhecimento e de orgulho patriótico pela missão do Executivo proporcionar melhores condições de vida às populações".
"O MPLA jamais alinhara com forças políticas que não respeitam a Constituição e a Lei, promovem a subversão, incitam actos de violência e vandalismo, recusam-se a respeitar a vontade popular, chegando ao ponto de não felicitar o vencedor, a quem agora se arrogam ao direito de convidar para caminhar lado a lado", acrescenta a nota, numa alusão ao que disse o líder da UNITA no Sábado, no sentido de não ver problemas em caminhar com o MPLA pelos interesses dos angolanos.
De acordo com o documento, o MPLA, como partido sério com responsabilidades de Estado, "caminhará, sim, com as forças políticas que defendam o patriotismo e a unidade nacional, promovam a paz e a estabilidade e contribuam para o fortalecimento da democracia e o desenvolvimento de Angola".
"O Bureau Político considera de grave os discursos injuriosos e de incitação à subversão, feitos por aqueles que na Assembleia Nacional juraram perante o povo angolano em cumprir e fazer cumprir as leis do País", refere.
O Bureau Político do MPLA apela aos seus militantes, simpatizantes e amigos, que mantenham a calma e serenidade, abstendo-se de provocações e deixando que "as autoridades competentes respondam com força legal ao irresponsável protagonismo que determinados actores políticos avocam para si, ao arrepio do constitucional e legalmente consagrado".
Por fim, a direcção do MPLA insta a população em geral a pautar por uma conduta de cidadania em que se eleva a protecção dos direitos individuais e colectivos, no intuito de preservar a paz, a estabilidade e a desaconselhar actos de desrespeito às autoridades.
A direcção do partido no poder recorda que, com a investidura do Presidente João Lourenço, para o exercício do segundo mandato como Presidente da República de Angola, a tomada de posse dos deputados à Assembleia Nacional e do Executivo, decorrente das eleições gerais de 24 de Agosto, considera contraproducente quaisquer manifestações discursivas que contrariam a acção imediata do Executivo, consubstanciada em trabalhar mais e comunicar melhor.
"Neste momento, o Executivo está focado na implementação efectiva do programa de Governo sufragado nas urnas, tendo como premissa fundamental, melhorar as condições de vida da população", finaliza o documento. NJ