Segundo soube Angola24horas, a também antiga deputada do MPLA fez circular um áudio, em cujas declarações apela ao voto "incondicionalmente" à UNITA, de modos a que os angolanos garantam vitória do principal partido da oposição em Angola.
A filha de José Eduardo dos Santos, entende que os angolanos estariam, de certo a homenagear a memória do ex-estadista, falecido aos 08 de julho do ano em curso, numa unidade hospitalar de referência, em Barcelona, aos 79 anos, vítima de doença prolongada.
Ainda em declarações, sublinhou que com o presidente da UNITA no Governo, as pessoas podem sempre e com bastante facilidade dialogar, o que com o presidente do MPLA e candidato à presidência da República, João Lourenço, é impossível.
"Vamos votar todos no candidato número três (3). Juro em memória do meu pai e avô dos meus filhos, esse é o castigo que João Lourenço merece por ter feito tanto mal às pessoas", apelou.
Antes da morte de José Eduardo dos, a empresária angolana já se manifestava contra o governo de João Lourenço, após ter percebido que estava a ser prosseguida com o resto da sua família, pouco depois de vir a ser afastada do Parlamento.
Entretanto, quando foi tornado público o agravamento de saúde física de JES, devido à um AVC, Tchizé dos Santos promoveu uma campanha para que não se desligasse as máquinas que suportavam o antigo presidente da República, uma decisão saída da primeira reunião entre os médicos e a família.
Para Tchizé dos Santos, o desligamento das máquinas naquela unidade hospitalar seria uma ideia do governo angolano, o qual acusou de se estar a intrometer em questões familiares.
"Quero manifestar publicamente que sou contra desligar as máquinas. Deixem JES viver. Quem decide pela vida é Deus", escreveu Tchizé dos Santos, apelando à solidariedade de todos para com o seu pai.
Porém, esgotados todos esforços, José Eduardo dos Santos veio a falecer e, as discussões entre a família e o governo ganharam outros extremos, tendo a família retido o corpo deste, quando o Estado angolano pretendia realizar o seu funeral.
Uma vez mais, Tchizé dos Santos acusou o governo de João Lourenço de querer realizar um funeral de Estado para aproveitamento político, uma vez que estão à espreita as quintas eleições gerais no país, revelando que a vontade de seu pai era ver o Adalberto Costa Júnior na presidência de Angola.