O anúncio foi feito pelo líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, quando falava no comício de lançamento da pré-campanha eleitoral da Frente Patriótica Unida (FPU), realizado no sábado, 21, no campo da FILDA, durante o qual disse esperar que “o governo de Angola não venha a fechar as fronteiras por causa desta actividade de grande dimensão política e democrática dos países membros”.
Caso venha a acontecer, Adalberto Costa Júnior aproveitou a ocasião para deixar um aviso ao governo de João Lourenço: “Qualquer impedimento, o regime angolano em termos de imagem sair-se-ia muito mal”.
A 23 de Julho de 2021, os partidos membros do IDC instaram as autoridades angolanas a assegurar que as próximas eleições decorram num processo transparente.
O apelo da organização, que integra perto de 100 partidos membros, incluindo o Partido Democrata, do Presidente Joe Biden, dos EUA, constou de uma resolução adoptada no final dos trabalhos da reunião realizada via zoom, da qual havia participado Adalberto Costa Júnior, a partir de Portugal, onde se encontrava, na etapa final do périplo que efectuou por alguns países europeus.
Na ocasião, a IDC exortou o governo angolano a garantir um processo eleitoral transparente para as eleições gerais de 2022, garantindo a presença de observadores eleitorais internacionais, entre outras questões respeitante à política doméstica.
“A IDC acompanha com especial atenção o ambiente político pré-eleitoral em Angola, marcado pela falta de acesso aos meios de comunicação públicos, bem como pelos ataques pessoais contra os dirigentes dos principais opositores políticos, vindos do governo e recomenda a construção de uma imprensa livre e forte”, apelaram os membros da Internacional Democracia do Centro.
A exortação da organização política internacional foi também no sentido de o governo “deixar de usar a pandemia como ferramenta de fins políticos e a fazer mais investimentos no sector da saúde, tomar medidas económicas para proteger as pessoas vulneráveis e condenar o uso da força pela polícia, contra civis”.
O respeito pelos direitos humanos e civis foi igualmente um outro apelo, ao qual se juntou uma recomendação no sentido de todas as instituições políticas angolanas zelarem para que todos os preparativos para as eleições gerais de 2022 sejam conduzidos no devido respeito pelos princípios democráticos.
A IDC abordou ainda a necessidade de apoio político efectivo e solidariedade dos mesmos membros da família política internacional durante o período eleitoral. Será, eventualmente, com esta perspectiva que a organização vem a Angola.
A UNITA é membro de pleno direito da Internacional Democrática do Centro, ocupando uma das vice-presidências e fez-se representar na reunião pelo seu presidente Adalberto Costa Júnior, pela vice-presidente Arlete Chimbinda e pelo Secretário das Relações Internacionais, Rafael Massanga Savimbi. Isto É Notícia