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Sábado, 04 Dezembro 2021 11:39

EUA negam que exclusão de países da Cimeira pela Democracia seja "crítica"

A Casa Branca rejeitou que a ausência de convites a alguns países para a primeira Cimeira pela Democracia, organizada pelos Estados Unidos com 110 nações, seja uma “crítica” aos ausentes e manifestou abertura para trabalhar futuramente com aqueles.

Dana Banks, assistente especial do Presidente dos EUA, Joe Biden, disse sexta-feira aos jornalistas, em antevisão da Cimeira pela Democracia, a realizar virtualmente em 09 e 10 de dezembro, que “os países não devem entender o não convite como qualquer forma de crítica”.

“Tivemos em conta a abertura de países para colaborar e contribuir para os objetivos da cimeira”, acrescentou a diretora para a África no Conselho de Segurança Nacional, apontando também “limites logísticos” para a lista de 110 convidados.

Todos os membros da União Europeia irão participar na cimeira, exceto a Hungria, que não foi convidada. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou hoje a participação na cimeira, como representante do bloco europeu.

Três pilares fundamentais para a cimeira são atingir ações contra o autoritarismo, o combate à corrupção e promover o respeito pelos direitos humanos, que conjuntamente traduzam uma “renovação da democracia em todo o mundo”.

A nível dos países de língua portuguesa, irão participar Angola, Brasil, Cabo Verde, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Não foram convidados Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e Moçambique.

A China, Cuba, Guatemala, Venezuela e Rússia são outros países que ficaram de fora.

Questionada pela agência Lusa sobre os países em falta, a diretora de políticas para África da Casa Branca afirmou que os Estados Unidos vão trabalhar com todos os países, convidados ou não, depois da cimeira, “para ajudar a reforçar planos de ação”, compromissos e iniciativas que serão adotados no final da próxima semana, em prol de democracias mais unidas e fortes.

Depois da cimeira, será dada atenção também aos países “que ficarem encorajados pelo que virem e ouvirem da cimeira e cujos líderes decidirem ter predisposições e atitudes mais democráticas, a nível nacional e internacional, para o benefício dos seus cidadãos”, afirmou Dana Banks.

“O propósito da lista de convidados era ter uma cimeira que represente a democracia diversificada em regiões, níveis socioeconómicos e experiências. Queríamos ser o mais inclusivos possível, mas dentro dos limites logísticos”, acrescentou.

Ainda em resposta à agência Lusa, Dana Banks sublinhou que a organização pretendia ter “uma mistura representativa da gama de países, como os que estão sólidos na frente democrática em termos de exibir os pilares da cimeira, mas também os que estão definitivamente na trajetória certa, mas podem estar a precisar de mais incentivo e ajuda”.

A Cimeira pela Democracia vai decorrer na próxima quinta e sexta-feira, com sessões virtuais temáticas, onde 110 países e líderes de grupos civis e do setor privado poderão partilhar experiências e preocupações sobre a fragilidade das democracias.

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