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Sábado, 24 Julho 2021 11:36

IDC apela à transparência e garantia de observadores internacionais nas eleições gerais de 2022 em Angola

Os partidos membros do IDC, família política Internacional Democrático do Centro, instaram as autoridades Angolanas a assegurar que as próximas eleições, a ter lugar em 2022, decorram num processo transparente, adiantou uma nota de imprensa que Angola24Horas teve acesso.

O apelo da organização que integra perto de 100 partidos membros, incluindo o partido Democrata do Presidente Joe Biden dos EUA, consta duma resolução adoptada no final dos trabalhos da reunião realizada na quarta-feira, via zoom, da qual participou o Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, a partir de Portugal onde se encontra, na etapa final do périplo que efectua por alguns países europeus.

Assim, a Internacional Democrática do Centro, considerando que 2021 é o ano que antecede e de preparação das eleições a ter lugar em 2022, observou que o combate contra a corrupção continua sendo selectivo e inefectivo.

Reconhecendo que devido ao impacto da covid-19, registou-se uma mudança no desempenho da economia com implicações sociais negativas e, tendo em atenção as barreiras que são colocadas contra os oponentes no acesso aos meios de comunicação públicos, exorta o governo angolano a garantir um processo eleitoral transparente para as eleições gerais de 2022.

Segundo ainda a nota de imprensa, a IDC lembra às autoridades Angolanas a importância e necessidade de uma luta eficaz contra a corrupção, evitando a actual tendência selectiva em que alguns dos principais autores da corrupção, são protegidas pelo governo.

Na mesma nota, exorta o governo de Angola a deixar de usar a pandemia como ferramenta de fins políticos e a fazer mais investimentos no sector da saúde, tomar medidas económicas para proteger as pessoas vulneráveis, condenar o uso da força pela polícia, contra civis e apela veementemente para a necessidade de respeitar os direitos humanos e civis.

Recomenda, igualmente aos governos africanos que garantam que toda a população africana se beneficie das vacinas Covid-19, especialmente ao governo angolano, aconselha a não utilizar a pandemia covid-19 para impedir a realização de eleições.

Às instituições políticas angolanas, a recomendação é o zelo para que todos os preparativos para as eleições gerais de 2022 sejam conduzidos no devido respeito pelos princípios democráticos, aqui a necessidade de apoio político efectivo e solidariedade dos mesmos membros da família política internacional durante o período eleitoral.

O IDC assegura que acompanha com especial atenção o ambiente político pré-eleitoral em Angola, marcado pela falta de acesso aos meios de comunicação públicos bem como pelos ataques pessoais contra os dirigentes dos principais opositores políticos, vindos do governo e recomenda a construção de uma imprensa livre e forte.

Neste sentido, o IDC garantiu que apoiará sempre o processo democrático em Angola e estará de olho nas eleições gerais de 2022, através das quais apela que o Executivo possa garantir a presença de observadores eleitorais internacionais.

De salientar que, a UNITA é membro de pleno direito da Internacional Democrática do Centro, ocupando uma das Vice-presidências e fez-se representar na reunião pelo seu Presidente Adalberto Costa Júnior, pela Vice-presidente Arlete Chimbinda e pelo Secretário das Relações Internacionais, Rafael Massanga Savimbi.

A Internacional Democrática do Centro, foi fundada em 1961 e integra cerca de 100 partidos de todos os continentes, com um número considerável deles a liderarem governos de importantes países.

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