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Quinta, 30 Abril 2020 19:46

Covid-19: Governo angolano justifica manutenção de estudantes na China com “razões de contenção

O governo angolano justificou hoje a não retirada dos estudantes angolanos retidos em Hubei, na China, devido à covid-19 com “razões objetivas de contenção” face à necessidade de “evitar atitudes precipitadas” com “consequências imprevisíveis para o país”.

A posição foi conhecida hoje através de uma nota divulgada pelo ministério das Relações Exteriores (MIREX), após um encontro, em Luanda, de uma delegação multissetorial governamental e de representantes dos pais e encarregados de educação dos estudantes angolanos residentes na província de Hubei.

Segundo o documento, os encarregados de educação solicitaram ao Governo o reforço do apoio financeiro aos estudantes “face ao elevado custo de vida registado naquele país asiático, como consequência da pandemia”.

Por seu lado, a Comissão Multisectorial prestou informações sobre o acompanhamento dado aos estudantes, incluindo atualização dos dados, “por forma a garantir maior eficácia nos apoios”.

“A Comissão Multisectorial reafirmou o engajamento do Governo em continuar a trabalhar com as representações diplomática e consular da República de Angola na China, assim como com as autoridades daquele país”, destaca a nota do MIREX.

O governo e os encarregados de educação “vão manter contacto permanente, enquanto durar esta crise sanitária e tornar-se necessário a aplicação das medidas dela resultante”.

Em Wuhan, epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus, encontravam-se no início da crise cerca de 40 estudantes angolanos, quando a cidade foi colocada em quarentena, a 23 de janeiro passado, com entradas e saídas interditas.

O número de mortes provocadas pela covid-19 em África subiu para 1.589 nas últimas horas, com quase 37 mil casos da doença registados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Guiné Equatorial lidera em número de infeções (315) e uma morte, seguido da Guiné-Bissau (197 e uma morte), Cabo Verde (113 e uma morte), Moçambique (76), Angola (27 infetados e dois mortos) e São Tomé e Príncipe tem 16 casos confirmados e a primeira morte.

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