O parlamento angolano decidiu protelar e acabar com o combate aos corruptos e corruptores. Ao contrario do que afirmava a pés juntos o “corajoso” João Lourenço, nas suas delongadas peregrinações populistas país a fora, em que afirmava ser o salvador da pátria, que prenderia e iria mesma confrontar e prender os corruptos e ladrões, debalde. João Lourenço decidiu-se pela defesa dos bandidos. O PR fugiu ao confronto e nega-se a enfrenta-los. Isso prova que o presidente foi pescado com anzol apropriado e fechada foi a sua boca.
Não há bem algum, que sirva de apresentação exuberante que supere a saúde no mundo inteiro, que seja capaz de estrelar – se, a um ser superior à saúde, a saúde, é desde logo, sem sobra de dúvidas, o bem mais profundo e mais sumptuoso da vida humana, aliás, o único bem que paresse competir com este último: é a liberdade, porque um homem privado de liberdade, embora tenha saúde, ainda assim, é um ser doente e triste, a saúde, quando temos – la, em estado roto, a nossa vida na terra se torna numa viagem arriscada e perigosa para ser executada.
Tenho estado insistentemente a defender a tese de que, como Estado soberano e independente, Angola tem sido governada de improviso. Nenhum dos movimentos de libertação chegou a 11 de Novembro de 1975 munido com um Projecto Político-Filosófico de Nação (PPFN).
Corrupto que não ajuda outro corrupto, não é bom corrupto e João Lourenço faz o que qualquer outro corrupto no seu lugar faria
E ele não tem culpa que os angolanos por uma questão estupidez e falta de juízo, foram muito longe com as suas expetativas ao acreditarem que ele é diferente dos outros e que seria capaz de alguma na sua vida combater a corrupção em Angola.
O MPLA valeu-se da sua qualificada maioria para, em golpe de força, fazer passar a Lei sobre o Repatriamento de Recursos Financeiros Domiciliados no Exterior do País, deitando por terra o projecto de Lei do Regime Extraordinário de Regularização Patrimonial (RERP) avançado pela UNITA. Desde logo tornou-se claro que a introdução do projecto do RERP gerou intenso prurido para o MPLA que imediatamente manobrou para anular os efeitos de uma eventual aprovação deste projecto.
A corrupção, tal qual chaga pestilenta, se não for atalhada a tempo, cresce, alastra, corrói, não há rezas, mezinhas, amuletos, que a curem, por isso, entre nós, quase se institucionalizou, já não espanta.
A 23 de Janeiro deste ano, Orlando Figueira, acusado de corrupção, declarou em tribunal: “Onde se lê Manuel Vicente na acusação, devia ler-se Carlos Silva.” Nesse dia, a acusação de que o ex-vice-presidente de Angola tinha corrompido o procurador português caiu por terra.
Prezados Senhores Deputados e caros concidadãos.
Na verdade pensei que nunca mais voltaria a escrever por esta via sobre este assunto, porém o desalinhamento nas constantes intervenções dos mais variados actores nos mais variados meios de comunicação, obriga-nos mais uma vez em sacrificar um pouco de mim e tecer algumas linhas com muita dor, em prol da Nação Angolana.