Quando os generais, Abílio Kamalata Numa e o finado general João Baptista de Matos, foram investidos como os primeiros oficiais generais, no quadro da formação do embrião do que viria a ser constituído o exército único Angolano, a ideia segundo a constituição da República de Angola, era de que as forças armadas Angolanas FAA, seriam verdadeiramente apartidárias.

Relatos de prisioneiros angolanos sobre maus-tratos na prisão ou os guardas que ‘espancaram’ os presos são muito perturbadores.

Só precisa o povo para contar para as estatísticas: Estaríamos a nos enganar a nós mesmos se acreditássemos   que o exército, a polícia e a secreta estão ao serviço do povo, o que não corresponde com a realidade dos factos.

Qualquer mudança de poder em Angola por uma qualquer eleição ou revolução social pretendida pelos jovens “revus” apenas cimentará a condição histórica da cidade de Luanda, de templo do poder político de Angola.

A 11 de Novembro de 1975, o MPLA proclamou a Independência e fundou a República Popular de Angola. Ao contrário da denominação do novo Estado (República Popular), o sistema político e o regime nada tinham a ver com o sonhado país que nasceria democrático e com economia de mercado, como estabelecido no Acordo de Alvor (artigos 40º a 44º).