Mesmo não sendo jurista, sei que um dos princípios que rege (ou deveria) a Justiça é o distanciamento das emoções, porque a sua base de sustentação é a lei e não sentimentos individuais ou mesmo de grupos.
Em decorrência do furacão Lussati, a 24 de Maio, o Presidente da República procedeu às exonerações dos Tenentes Generais Ernesto Guerra Pires, do cargo de Consultor do Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Angelino Domingos Vieira, do cargo de Secretário para o Pessoal e Quadros da Casa de Segurança do Presidente da República, José Manuel Felipe Fernandes, do cargo de Secretário-Geral da Casa de Segurança do Presidente da República, João Francisco Cristóvão, do cargo de Director de Gabinete do Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Paulo Maria Bravo da Costa, do cargo de Secretário para Logística e Infraestruturas da Casa de Segurança do Presidente da República e do Brigadeiro José Barroso Nicolau, do cargo de Assistente Principal da Secretaria para os Assuntos dos Órgãos de Inteligência e Segurança de Estado da Casa de Segurança do Presidente da República.
João Lourenço atropelou a verdade sem nenhum rebuço, manipulou a memória trágica do passado e o que conseguiu, afinal de contas, foi deixar a sociedade angolana ainda mais escrava da dor.
As lutas por "protagonismos palacianos" sempre foram uma maka no seio do MPLA desde o alcance da Independência em 1975.
Hoje acordei com o objectivo de escrever sobre um acontecimento importante na História de Angola. Sim, hoje, segunda-feira, 31 de Maio de 1991, cumprem-se 30 anos da celebração dos Acordos de Bicesse, o instrumento político-jurídico através do qual foi viabilizada a transição da República Popular de Angola (de matriz comunista) para a República de Angola (Estado democrático de direito).