Sexta, 09 de Agosto de 2024
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Terça, 06 Agosto 2024 00:01

Aqui falo eu

A verdade não me pertence, nela apenas milito. Não sou dono do conhecimento, sou seu fiel aliado.

Descontente com as políticas do governo angolano, por serem de todo nocivas e por não produzirem nenhum crescimento e bem-estar aos angolanos. Decide prospetar alguns ângulos depreciativos, que fundamentam o estado de falência clara da economia.

Em abono da verdade, as políticas públicas desenvolvidas pelo regime, defraudam abusivamente o desejo das populações, além de atentar contra a estabilidade social e emocional do povo, também destorce a verdade funcional do estado.

Só para citar um facto recente com contornos rocambolescos, o país pensante tomou conhecimento através das redes sociais, que o senhor Kimbangula Suzano, professor auxiliar de economia da universidade Agostinho Neto, e membro do comité de especialidade do MPLA afirmou taxativamente, que o general e historiador João Lourenço, é o absoluto dono e senhor da estratégia definida, para atrasar o pagamento dos salários dos trabalhadores da função pública! E essa hein...

Segundo o áudio espalhado nas redes sociais, o citado economista do MPLA, afirmou que, o atraso do pagamento dos salários da função pública, obedece à uma estratégia sabia definida pelo presidente João Lourenço, que visava reduzir os gastos das famílias empobrecidas! Isso é mesmo verdade!

Afeta-me profundamente, que a meio a um turbilhão obstrutivo de incertezas criadas pela administração de João Lourenço, nas áreas da economia e finanças, ainda existam pessoas que propensas a bajular para subir na vida.

Essa situação, agride de sobremaneira os angolanos ao ponto de violentar profundamente  vida as suas vidas.

Os discursos enviesados dos chamados quadros dos chamados comités de especialidade do MPLA, mostram a total despreparo formativo desses técnicos, que de todo não possuem capacidade para fazer parte de qualquer equipe econômica, para ajudar o governo a inverter os desníveis e a qualidade interpretativa das políticas econômicas desastrosas gerenciadas pela atual equipe econômica do regime.

A referida equipe econômica não produziu até o momento, nenhum resultado relevante do crescimento da economia, que justifique a queda da inflação e refreamento compulsivo da anunciada falência económica.

Nada até aqui comprova o crescimento sustentável do (PIB) Produto interno bruto, nem um credível de desenvolvimentismo criativo anunciando uma era nova de diversificação da economia.

Infelizmente, Angola, tem um governo coxo, que não está capacitado para gerenciar o país econômico, de formas a robustecer a economia, que em abono da verdade, segue irreversível rumo ao descalabro total. Não se pôde alterar o estado da economia, com jogadas publicitarias mentirosas, produzidas pelos Mídias controladas pelo regime.

Para alterar a situação econômica cada vez mais degradante e evitar uma crescente insatisfação popular que poderá eventualmente descambar num perigosa implosão social, para isso, seria necessário limitar os poderes do chefe do executivo. Isso permitiria que, o país social respirasse livremente para trabalhar em liberdade. Retirar da alçada do governo a formato do controle dos dinheiros públicos, fortalecer a autonomia do banco central para adotar políticas de controlo da inflação, geração de emprego e proteção da política bancaria.

Os empréstimos terão que estar sob a supervisão independente dos bancos comerciais. O estado através dos bancos teria de criar políticas de investimentos canalizados através de empréstimos a fundo perdido para introduzir a participação qualitativa dos jovens empreendedores e não só.

Ninguém pôde ter a veleidade de se tornar do dia para noite em dono da vontade popular, da sabedoria colectiva e do erário público.

Não existe em nenhum país no mundo civilizado, que se tenha desenvolvido com a introdução de dados falsos enganadores de crescimento artificial nas Mídias corporativas controladas pelo estado.

Os anúncios falsificados de crescimento do PIB e da baixa inflacionária, decapitam qualquer crescimento da economia. As tónicas do regime em relação ao crescimento da economia e queda da inflação não se sustentam.

Não existe sequer nenhuma taxa cambial livre, como se pôde aduzir crescimento ou estabilidade da economia, quando se acompanha o dólar caminhar disparado no mercado oficial e no paralelo, encorajado pelas políticas falhas do banco central! Tudo isso mais se parece com um semba de uma só nota.

O país tem que mudar de vida e deixar de caminhar cego e a uma só velocidade. Faz-se necessário retirar o país do ostracismo induzido pelo partido estado. Temos que rediscutir Angola.

O país jamais se desenvolverá, enquanto se insistir em amordaçar a sociedade civil pensante. O governo terá que realizar as necessárias reformas estruturais de que necessita o país tanto precisa.

É importante que o regime aprenda a ter no governo quadros de qualidade provenientes de outras sensibilidades políticas, sobretudo terá que aprender a governar juntamente com o sábio soberano, e aceirar com normalidade novos atores na administração da coisa pública.

Ademais, sabe-se, que todos juntos somos poucos, para realizar o sonho da nossa angolanidade adiada.

Não se pode alterar o quadro econômico com conversa fiada, nem com viagens faraônicas internas e internacionais pagas com dinheiro de todos, idênticas as que o rei do Lobito, tem brindado os angolanos com regular frequência.

Não cabe mais governar com bandidos embandeirados nas cores partidárias do MPLA. Essa gente oportunista só está aí para ajudar a conjugar o verbo encher no presente do indicativo. É preciso afastar esses iluminados que mais se parecem com alienígenas provenientes de uma qualquer galáxia.

Aqueles que acompanham de perto o elevado índice de corrupção nos indecorosos sete anos de governação de João Lourenço, sabem que a corrupção na administração pública descambou para altos índices. A pergunta é, quantos ministros, secretários de estado e membros do bureau político do MPLA, foram presos e condenados? Nenhum.

Já em relação as messiânicas promessas eleitorais sufragadas no pleito de 2022, quantas foram cumpridas? Nenhuma.

Por exemplo, o slogan usado de corrigir o que está mal e melhorar o que está bom, em que parte do país se verificaram! país mudou nesse quesito! Claro que não.

Nessa altura do campeonato, em que o MPLA e o seu presidente não gozam de credibilidade nenhuma, posso abertamente afirmar sem medo de errar, que todas as políticas públicas de inclusão jamais serão aplicáveis nesse mandato.

Todas as tentativas de incrementa-las falharam. Temos um governo insensível e um presidente truculento que não ama o seu povo e perdeu todo afeto e contacto com a juventude do seu partido e também com a juventude angolana no seu todo.

A pratica de subverter os valores democráticos do cidadão, comprando-lhe a consciência com o seu próprio dinheiro, além de ser uma aberrante falta de civilidade, é igualmente uma forma de alienar e introduzir valores inaceitáveis de dominação, que têm como finalidade retirar-lhes o direito de exercitar a sua cidadania em plena liberdade.

Todos se interrogam sobre as reformas anunciadas com pompa e circunstância pelo presidente do MPLA! É indiscutível que, a inflação é cada vez mais crescente, o mesmo se pôde falar acerca da dívida interna e externa. Para quando as reformas tributárias, política e administrativa serão conseguidas?

Tudo mentiras que anulam qualquer sentimento de aceitação do presidente da república.

O MPLA não caiu ainda na real, se assim não fosse, o país estaria economicamente num outro patamar. Senão vejamos, o ditador apega-se a uma hipotética divisão administrativa, quando sabe de antemão que não surtirá nenhum efeito positivo na governança dos municípios.

Tudo isso só para fugir das eleições autárquicas. Ele sequer verifica o nível de repudio e de negação que o povo nutre pelo presidente do MPLA. A menos de duas semanas na província do Bié, o presidente do MPLA em resposta ao governador da referida província, que buscava apoios financeiros para redimensionar a economia e erguer um novo edifício no lugar de outro que se encontra em ruínas,

O deseducado presidente, vergonhosa e raivosamente respondeu ao governador em alto e bom som, que não havia dinheiro, acrescentando ainda, que na fila haviam se encontravam 18 províncias com o mesmo sintoma de choradeira.

Ora, a resposta que não quer calar é, quando, como e aonde o presidente vai arranjar dinheiro para a instalação das administrações das três pretendidas províncias que pretende ficticiamente criar a todo custo!

Habitualmente os líderes sem aceitação popular, facilmente se transformem perigosamente em ditadores autocratas sanguinários. Esses tiranos desacreditados, no fim dos seus mandados, por medo do after day após deixar o poder, acabam sempre por atropelar a lei e a constituição para continuar no poder.

Nessas alturas começa a luta pela sobrevivência política, sem se importar com a vontade do soberano, que é lembrado apenas no dia de votação, e depois do voto, volta ao seu lugar costumeiro de desprezível escravo.

Um presidente que pensa que é dono de tudo e todos, não merece o respeito do povo. Não é possível aturar João Lourenço no poder por mais 3 anos, como suporta-lo por mais 8 anos no poder, isso seria uma loucura.

Nos próximos dias o país estará em vias de assistir a um grotesco espetáculo. O regime se prepara para realizar a encenação de um desacreditado julgamento a moda bolchevique, a ré será a antiga presidente do tribunal de contas, antiga amiga do casal presidencial, hoje caída em desgraça.

O ridículo, é saber, que o fórum chamado para julgar a senhora ex presidente do tribunal de contas, o seu presidente se encontra também em apuros com a justiça. O presidente do supremo tribunal sofre acusações fortes indícios da prática de abuso de poder, peculato, desvio de dinheiro e corrupção. E aí, isso pôde!

Pôde sim, no reino da incompetência tudo é possível. Pois, a lei, a justiça o carrasco e o juiz emanam do partido estado! O presidente do MPLA é o legislador, dono da lei e da constituição. Enfim, tudo lhe pertence.

O tribunal constitucional desautorizou até por vontade do libertino ditador da assembleia nacional de fiscalizar o (des)governo. O MPLA simplesmente sequestrou a comunicação social do estado, e transformou os profissionais em bocas de aluguer e propagandistas favoráveis ao regime.

Esses “comunicadores”, sabem, que serão automaticamente descartados caso não promovam o culto de personalidade do dono da ditadura.

Até mesmo os eventuais concorrentes a cadeira maior do MPLA, se acobardam quando se trata de pensar livremente pelas suas cabeças. Eles evaporaram-se, desaparecem por medo de afrontar diretamente o ditador. Os políticos do MPLA não são credíveis.

Na verdade, o MPLA é um covil de raposas e lobos cobardes amestrados e medrosos, quando se trata de enfrentar o rei, encolhem o rabo e escondem-se.

Não é aceitável ver-se jovens e adolescentes novinhos, perseguidos e ameaçados pelo SIC e pelas secretas, por difundirem nas redes sociais apoio a pessoas, que sequer conseguem assumirem-se candidatos à presidência do MPLA.

Somente um (HOMEM), o engenheiro Antônio Venâncio, teve a coragem ousada de assumir-se publicamente, candidato à presidência do partido MPLA. Esse gesto é louvável e tem a aprovação de todos nós militantes com cérebro pensante.

O azar de João Lourenço e de seus sequazes, reside no facto de militantes dos CAPs, da OMA e JMPLA, encontrarem-se de costas viradas com a direção do partido. De certo modo, se sabe, que a própria direção do MPLA, também ele se encontra desavinda e por isso dividida.

A situação pôde piorar ainda mais, caso se constate, que o anunciado congresso extraordinário, tenha apenas a pretensão de alterar os estatutos do partido para contentar e dar provimento a vontade de João Lourenço, de continuar presidente do MPLA, para tentar o terceiro mandato e ou implantar bicefalia no partido.

Haver vamos, na vida nada é como desejamos, assim é também na política.

Estamos juntos

Por Raúl Diniz

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