Quarta, 24 de Julho de 2024
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Domingo, 21 Julho 2024 20:17

MPLA fora do poder Angola continuará Angola

O presidente João Lourenço, tem vindo a dar mostras de não ter o domínio da situação desastrosa que ele, o seu partido e governo criaram. Apesar da situação atemorizar o cidadão, o MPLA continua a não saber interpretar o sentimento dos cidadãos nem a prognosticar os parâmetros da caducidade interpretativa da política social situacionista que Angola vive.

Não é percebível nem aceitável, que o presidente e a direção do MPLA, não se tenham apercebido da elevada impopularidade que o seu presidente alcançou nos 7 anos a essa altura do seu segundo e último mandato.

O presidente do MPLA parece viver numa redoma, isolado do resto dos angolanos como um eremita, ele tem uma invulgar aversão em dialogar com a sociedade, e até mesmo com os partidos políticos com acento no hemiciclo das leis ou fora dele.

Acredito que ele vivencie em si emoções repetíveis e contraditórias, sinto porém, que ele não se tenha apercebido nunca, que em política não existem espaços livres, nem jamais se joga politicamente sozinho, é muito importante contar sempre com os adversários.

Ao contrario do que se esperava, João Lourenço, parece ser narcisista que adora conversar apenas consigo mesmo.

Sem a pretensão de avaliar o perfil psicológico eventualmente abstrativo do presidente, porém, seria impensável não afirmar, que desde a sua elevação a presidente da república, sempre caminhou na contramão da verdade política real.

A abstração é de tal modo impactante, que não se tenha apercebido do desastre apocalíptico, que se converteu a sua governação.

De igual modo, ele não conseguiu fazer a leitura correta sobre dos sete anos do seu consolado que caminha a passos largos para o seu final. Os 7 anos foram os piores governos constitucionais formados desde a independência de Angola em 1975.

Outra característica não menos inquietante do actual inquilino da cidade alta, são as constantes necessidades de menosprezar e odiar todos quanto pensem diferente dele.

Quando se trata então de desestabilizar as oposições, o ditador não economiza mesmo nada.

Mesmo sem alcançar resultados apoteóticos, que ajudasse a inviabilizar os objetivos traçados pela oposição, ainda assim, ele não economiza nas suas múltiplas tentativas de subverter a ordem pública e sobretudo a união reinante entre os militantes de base, da superestrutura e da direção da UNITA.

É sim verdade, que o MPLA, tem criado crises artificias sistêmicas na vã tentativa de transferir as crises cíclicas do seu partido para as hostes da UNITA.

As armas utilizadas são sempre as mesmas, como as idiotices criadas em torno do mercado de compra e venda de consciências, onde o MPLA é o único mercador e sem esquecer a prosaica matraca abolidora do dr Isaías Samakuva dentre outros porta-vozes divisionistas da UNITA.

É um direito constitucional e mesmo se quiserem estatutário, que goza o ex presidente da UNITA Isaías Samakuva tem o direito de concorrer a presidência da UNITA. Na mesma direção, seria uma ótima prestação ao país, que o ex presidente da UNITA se aperceba que em política nem tudo vale apena.

Sobretudo, o meu amigo dr Isaías Samakuva, pôde estar eventualmente a colocar em risco o a estabilidade e o crescimento fortalecido do seu partido na arena política, sobretudo, nessa fase em que a UNITA vai realizar o seu congresso.

É importante realçar, que a UNITA é hoje a única possibilidade de ajudar a operar em Angola, a alternância do poder político e a mudança de paradigmas.

A mais recente intervenção do negligente presidente do MPLA, foi tentar criar a partir da cidade alta, um movimento intriga palaciano, para tentar colocar de costas voltadas o ex presidente da UNITA dr Isaías Samakuva, e o presidente da UNITA Engenheiro Adalberto Costa Júnior.

O método escolhido, foi aprovar a criação da fundação dr Jonas Malheiro Savimbi, e testá-la como arma de arremesso, para tentar estancar a velocidade de reconhecimento do engenheiro Adalberto Costa Júnior, goza como líder incontestável e promotor da sonhada alternância do poder político.

Nas palavras do dr Isaías Samakuva, não escapou o seu inegável repudio a criação da FPU, graças ao bom Deus, a situação vai ser com toda certeza contornada pelos dois líderes oposicionistas, assim sendo, é vida que segue.

Passados dois anos desde o último pleito, o país só não está em pior situação, porque militantes do MPLA de longa data, saíram lado a lado com a oposição para evitar que Angola fosse tomada de assalto pelo presidente João Lourenço e seus acólitos.

Não obstante a magnitude dos problemas que enfermam a vida social de quase todo país, é justo realçar, que a culpa reside no presidente da república, que não inspira confiança nenhuma aos cidadãos, por se tratar de um presidente que é avesso a verdade e adora conversar apenas com ele próprio, e de viajar às expensas do erário.

Infelizmente a vaidade e o orgulho tomaram conta do coração do ditador e de toda sua família. É importante que os angolanos entendam de uma vez por todas, que o presidente da república não está interessado em governar o país, ele, o presidente só pensa no terceiro mandato.

O tratamento que passou a dar as províncias, mostram o seu total desprezo pelas pessoas que ali vivem, ela trata as províncias e os seus respetivos povos como se elas fossem propriedades suas herdadas dos seus avôs.

Numa outra vertente, olhando com profundidade a dança das cadeiras realizadas em algumas províncias, significa apenas o levantar de armas empunhadas por gente retrograda com espírito bolchevique que agredirão certamente o direito dos cidadãos.

As pessoas nomeadas como governadoras e governadores, não possuem qualquer legitimidade política para governar os territórios a eles entregue.

Pois, essas pessoas, nunca foram eleitas para os cargos que doravante vão exercer. Tratasse de kamikazes usados para tentar anular combater o despertar da consciência democrática dos povos habitantes desses locais.

Essas mudanças atabalhoadas do chefe do executivo, representam a prova da inexistência de uma agenda estratégica de governação para a realizar os ensejos dos angolanos que prezam viver sem medo.

Os ora nomeados governadores provinciais, são tidos como bombeiros pelo chefe do executivo, porém, elas podem representar o pior pesadelo para o desconfortado ditador.

Os já alcunhados governadores bombeiros precisam saber que Angola, não se resume a vontade do chefe do Kremlin.

Seria importante que se apercebam, que o MPLA vai ser apeado do poder pela decisiva vontade popular, tendo ou não o MPLA longe do poder, o país continuará a ser e a chamar-se Angola.

O perigo de o país ser desestabilizado reside na eventual possibilidade dessas mulheres e homens se comportarem como cabos de guerra arrivistas, promovidas com o único objetivo de tentar recriar a antiga revolução tenebrosa do tempo do partido único nessas províncias. Debalde.

Essas mulheres e homens poderão eventualmente jogar mais gasolina na fogueira da intolerância já acesa, e assim aumentar o arraso destrutivo do tecido social nessas provinciais. Duas delas, já se lhes reconhece a prática de falta de lisura, intolerância política etc,

Por outro lado, não se lhes reconhece qualquer histórico no campo da humanização da sociedade, nem se lhes reconhece competência, visão de estado e coerência democrática para administrarem as províncias de Cabinda, Bié e Cuanza Sul. Sinceramente espero estar enganado, haver vamos.

A cidadania está em queda livre, existe um enorme déficit democrático na condução do país humano e da coisa pública.

É do conhecimento de muitos, que o MPLA e o seu presidente perderam ambos o sincronismo realístico da civilidade institucional. O presidente da república sabe, que não tem respaldo constitucional para se eleger e continuar no poder em 2027.

Os angolanos esperam, que sua ambição, não o obrigue a caminhar pela estrada sombria da morte precoce, ninguém gostaria de vê-lo saltar para o abismo da obscuridade espessa. Pois, poderá ser a sua última viagem tortuosa e sem retorno.

Os angolanos querem uma Angola igualitária e sem qualquer defraudação da lei e da constituição.

Estamos juntos

Por Raúl Diniz

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