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Terça, 31 Dezembro 2019 22:26

Juízes e procuradores angolanos são políticos vestido de preto

Em Angola existe uma justiça severamente selectiva, aliás, não é na verdade uma justiça, mas antes pelo contrário uma forma de João Lourenço pagar o mal que lhe foi feito no tempo de JES quando este esteve no CC do MPLA.

Está apenas a pagar o mal, pelo mal. Se de facto houvesse justiça, JLO seria o primeiro a dar exemplo e devolver todo o seu dinheiro retirado do Estado, a sua esposa que permaneceu mais de 12 anos como Ministra do Planeamento do Estado no tempo de JES faria o mesmo, o seu primeiro filho Iko Lourenço, reside nos EUA, leva uma vida de milionário, deveria levar uma vida de pobre, ou mesmo uma vida medíocre. A sua filha que realizou o parto nos EUA, gastando os fundos do Estado, não o teria realizado, se de facto houvesse uma luta contra corrupção séria, JLo não aceitaria gastar milhares de dólares par fins desnecessários, ou não prioritários como a compra de material de guerra numa época de paz, com um País com uma crise profunda, a compra de caças bombardeiros, etc…

Se a justiça angolana fosse séria, o caso Fizz de Manuel Vicente daria a sua sequência em Angola, porém, a justiça angolana não é séria, juízes e procuradores são simplesmente políticos vestidos de preto à fazerem da política o único meio para julgar os assuntos de natureza jurídica, ou seja, a polis sobrepõe os interesses do jus. Todos os casos actualmente discutidos, e que de facto tornaram – se mediáticos, tiveram intervenção directa ou de Garcia Miala ou de João Lourenço. O caso Zé Maria teve a intervenção directa de Garcia Miala, os outros caso tiveram a intervenção directa de João Lourenço, fazem parte desses casos o caso Zeno dos Santos e actualmente o congelamento das acções e contas bancárias de Isabel dos Santos por parte da PGR.

O Direito angolano está muito ameaçado, hoje é utilizado como uma arma política para assassinar imagens alheias. Oprimir, matar e humilhar a vida dos inimigos políticos é missão dos magistrados actuais, verdadeiros cumpridores das orientações superiores. Os juízes e procuradores de hoje, fizeram – se em meros políticos, alias, não decidem nada, são forçados a esperarem as orientações de natureza cimeira.

Pobre direito, que não sabe se defender desse tropel de bárbaros políticos, sanguinários e autênticos vingadores, que têm as chaves da porta grande, e por ela passam, primeiro, e depois pela janela e telhados. A montante, a crise política angolana, onde uma facção política do MPLA dirigida por JLO rompe – se contra outra facção que era dirigida no passado por Eduardo dos Santos caracteriza a degradação da justiça angolana, que não serve para mais nada, senão para arma dos políticos, cuja natureza os permite vingar – se do passado. Perdido direito, que não sabe agir por si só, aliás, espera pelo Chefe da política para que os assuntos ganham vida, ou morram arquivados. Os próprios juízes e procuradores converteram – se à extrema superficialidade em Angola, já não se sabe quem segurará as águas do dique. Os juízes e procuradores, são simplesmente políticos vestidos de preto, a lei em Angola, é subjectiva, em nada ordena, e nada decide, quem tudo decide e determina são os entes políticos.

Por João Henrique Hungulo

Bem – haja!  

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