Estou convicto de que a SEMBA COMUNICAÇÃO jamais se beneficiaria dos meios mencionados sem o beneplácito das entidades referenciadas, que, por bajulação ou expectativa de obtenção de vantagens financeiras e/ou materiais, permitiram que aquelas situações anormais ocorressem e creio que a generalidade das pessoas, independentemente de serem ou não filhos do ex-Presidente da República, teria aceitado as facilidades concedidas pelas entidades que superintendiam a comunicação social.
Entretanto, por honestidade intelectual dos actuais gestores da TPA e pela valorização da criatividade dos que idealizaram dos diferentes programas exibidos pelo CANAL 2, ao tempo da gestão da SEMBA COMUNICAÇÃO, mas que, actualmente, estão a ser reproduzidos pela «televisão de todos nós», acho que esta deve fazer menção, enaltecer ou conceder alguma compensação financeira aos seus criadores. Eu digo «alguma compensação», porque, na verdade, a criatividade não está ao alcance de todos os mortais. Por conseguinte, deve-se valorizar os diferentes criadores, independentemente de os órgãos da comunicação social, por lei ou contrato laboral, adquirirem, automaticamente, os direitos autorais sobre os diferentes programas de rádio e de televisão.
Na minha opinião, essas leis e contratos laborais devem ter um artigo ou cláusula de salvaguarda dos direitos autorais dos diferentes criadores, sob pena de continuarmos a assistir a actos de exploração ou desvalorização da criatividade. Assim, reitero que jamais se deve esquecer ou ignorar os diferentes criadores, máxime os criadores de programas de rádio e de televisão de grande audiência.