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Sábado, 15 Dezembro 2018 08:58

Destruição do ninho de marimbondos: “até ao último homem”

Angola, o País das vaidades. Um País mergulhado em profundos problemas, que dificilmente, há - de recuperar das conturbações alienadas do passado que lhe persegue e lhe castiga. Com um “Presidente”, cujo perfil, parece até então, ditar um ritmo salutar, dando à entender existir sinal de cumprir o prometido, porém, eis aqui, a falha do actual soberano do poder executivo, Excelentíssimo Senhor Presidente General João Lourenço: "o sussurro avultado advindo dos aplausos dados pelo povo em estado de estase devido a força do assombro que os fez inexoráveis”, e os seus fiéis “bajuladores", — o deixaram entregue às emoções, sem soluções aos problemas, ao invés de achar soluções aos problemas vigentes no País, o Excelentíssimo Senhor Presidente, e o seu “Executivo”, parecem estarem ávidos à criá - los.

Por João Henrique Hungulo

            Deveria saber que, os elogios, bloqueiam o consciente humano e exaltam o subconsciente, porque os elogios exprimem sensação de dever cumprido, e não de cumpri – los. Nisso, reside o fracasso do líder, tendo o processo de evolução bloqueado. — Ninguém deve merecer elogios sem factos, os elogios devem vir após a realização dos feitos, nunca antes de os ter presente: “o contrário é sinónimo de precipício.”

            Não deveria sequer estar de férias, enquanto se desenvolve esse largo processo, que visa retirar Angola do abismo deixado pelo passado. Sua Excelência Senhor Presidente General João Lourenço, deveria ser o exemplo de um grande general, tal como diz ser: face a intensa batalha que hoje enfrenta, deveria primar por entrar no seio das balas e canhões em fogo, pegar na arma e continuar a luta até ao final da guerra, enquanto a guerra não terminar, o general não deve depor as armas para ir descansar. — Não deve entregar – se ao espectáculo das emoções, advindas do assombro popular, adquirido como produto de uma nova face na “Presidência”, que tem a coragem nunca antes assistida, de chamar “marimbondos” aos corruptos, e, tem a coragem de intimidá – los, com expressões agressivas, visando expressar que hão - de queimar no fogo, como o faz o diabo no inferno ardente. Excelentíssimo Senhor Presidente da República General João Lourenço, não deveria ir de férias para cumprir o calendário das vaidades, enquanto os problemas da sociedade angolana continuam de mal à pior, como um canco preste à comer – lhes a vida.

            Se diz ser Sua Excelência Senhor Presidente emérito do MPLA Eng. José Eduardo dos Santos, o culpado de tudo que hoje a nação vive, já é uma desculpa que o colocará à frente das culpas. Excelência, se me permite, deveria parar de usar desculpas como soluções dos problemas. Arregaçar as mangas e ir trabalhar. Nada de férias, nada de aviões de milionários onde por hora tem de pagar 70 mil dólares.

            Afinal de contas, a sua “jornada”, é de um “messias”, como dizem fiéis “bajuladores”, possessos por arrastarem – lo para colherem milhões e tostões. Não se vai esquecer que eles venderam o Presidente emérito do MPLA Excelentíssimo Senhor Eng. Eduardo dos Santos à traição, como o fez Judas Escariotes à Cristo, o Nazareno, ao traí – lo, com um beijo. São esses, que hoje tanto o veneram, ontem veneravam “JES”, feito um Deus na terra, nem sequer dois anos se foram, o Deus virou azar. Completamente negligenciado por falsos acólitos, apóstolos traidores, escribas e fariseus, que somente fazem as coisas para fins, que têm por meta satisfazer os desejos da carne: “conseguir milhões e tostões e mais nada”. “JES” jamais mereceria passar o que hoje passa: completamente traído pelos seus. Homens pobres de convicções, que trocam de ideais como se trocam as camisas, que apenas têm por meta a satisfação de interesses materiais, tal quanto venderam à JES, fá – lo – ão, também ao Senhor. Lembrai – se Excelência, o lobo não muda de pele, só muda de atitude. De recordar que se falhar será crucificado pelos mesmos “bajuladores” que aos dias de hoje crucificam “JES”, e utilizarão o seu presente para envenenar o seu futuro.

            Excelentíssimo Senhor Presidente, a missão do senhor é de um “Messias”, como dizem os fiéis “bajuladores”, não é como se diz na gíria, para fazer a "banga dos cotas". É para salvar a humanidade residente em Angola, como muitos dizem por ali. Ao pôr – se ali, em fretes milionários, a percorrer o mundo todo, a mostrar que vai mudar Angola para o melhor, em frente dos holofotes do Ocidente, a viajar de férias por um ano apenas de trabalho. Nada nesta Angola, há - de melhorar ou seja/ mudar para o melhor, se a Sua Excelência sabe precisar, que deixaram - lhe um País “moribundo” ou em “estado de coma económico”, que saiba efectuar acções inteligentes, que visam reanimá – lo com remédios necessários à tal contexto enfermo. Não obstante, teremos uma nação à morrer do “coma económico”, e de todos os seus efeitos adversos que há muito se inaugurou, e, de nada se impulsará, nos termos de melhoria da dita "qualidade de vida" muita defendida nos discursos de Sua Excelência.

            O Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Digníssimo General João Lourenço, deveria deixar de longe a acção que visa somente acorrer à imagem de Sua Excelência Senhor Presidente Emérito do MPLA Eng. Eduardo dos Santos, como o banco de todas as culpas do presente ou do passado, quiçá do futuro, — quem muito busca culpados, nunca tem soluções para os problemas. — Todavia, todo mundo, isso já sabe, pelo tempo que o actual Executivo vem expondo a imagem do Excelentíssimo Senhor Presidente Emérito do MPLA Eng. Eduardo dos Santos, focando – se mais nos seus defeitos que nos seus feitos, há sobras de provas, que até bebés nascidos no fluir do líquido amniótico, têm a plena consciência da condição actual da imagem do ex – Presidente da República Excelentíssimo Senhor Eng. JES, fragilizada pelas vozes do actual Executivo, não resistiu ao desprezo, e ao fado fracasso que lhe foi depositado como triunfo dos maus tempos.

            O Excelentíssimo Senhor Presidente da República Senhor General João Lourenço, deveria se focalizar na luta contra os males que deterioram a vida da sociedade angolana: "péssima assistência hospitalar” — como se diz no vulgo angolano: — “a saúde anda mais doente que os próprios doentes"; "sistema de ensino completamente moribundo”, — sem qualquer sinal de vida, — até parece estarmos mais atrasados que o próprio vocábulo — atraso [..], porque o ensino colonial, nos supera [quarta classe colonial supera o actual ensino médio ou até mesmo o segundo ano de muitas faculdades actuais], o ensino pós - colonial da era mono - partidária nos supera [ensino médio do monopartidarismo supera o actual ensino superior, nos termos da qualidade], o que hoje temos, é qualquer coisa, que não forma, nem transforma o homem, só o corrompe para más virtudes, visando impor – lhe a ousadia de um “doutor” indouto, versado em títulos, ao passo que promete kms e realiza mm, dotado de uma mente tornada num deserto completamente desabitado.

I. A maldade continua, o país não se libertou das suas fraquezas

            Senhor Presidente da República “a corrupção continua, em pé, de pedra e cal, inamovível, como a ferrugem, sem perder as suas propriedades físicas, no actual executivo do Senhor”. Os corruptos estão ali com o senhor, e seguem o seu caminho certo, — ao invés de estar a utilizar palavras anti - diplomáticas como Marimbondos, que em nada darão nos termos de valor à um “Estadista” de proa, que hoje é aplaudido em África toda, e, já há angolanos "bajuladores" que o alcunharam de “Messias”. Ao invés de perseguir a imagem “eduardista”, com “bajuladores”, que defendem de forma acérrima o Senhor nas redes sociais, e humilham o Excelentíssimo Senhor Presidente Emérito do MPLA Eng. Eduardo dos Santos até deixá – lo ao baluarte de um vazio, lançando – o, todas as culpas do passado e do presente, transformado num sujeito de peça teatral em que se lança as culpas, deveria focar – se nos seus programas de acção governativa, e tecer soluções para montanha de problemas sociais que asfixiam o povo angolano como uma gangrena. 

II. O estado angolano tem uma péssima fiscalização

            Excelentíssimo Senhor Presidente Digníssimo General João Manuel Gonçalves Lourenço, deveria aumentar a fiscalização do aparelho do Estado angolano, reorganizar todo o processo de fiscalização. Porque, na verdade, a fiscalização em Angola, é uma autêntica miséria, — mantida no dito processo de cumprir rotinas, e nunca resolver problemas do Estado.

III. A coragem deveria primar por corrigir os erros do actual executivo

            O Excelentíssimo Senhor Presidente deveria deixar de focar – se no passado, ao passo que o presente mergulha na lama dos erros, porque o passado pertence à história, mas o presente pertence aos factos sociais, deveria condenar os que hoje continuam a fazer da corrupção o bem mais precioso para as suas vidas, e estão fixos nos seus lugares como sempre, escolas técnicas profissionais, hoje se transformaram, em autênticos fornos para assar os pães do peculato, impunidade, amiguismo, e, profunda corrupção, veja a situação da saúde em Luanda, com hospitais de nome, mas não funcionam, os que dirigem esse sector em Luanda, são os mesmos de sempre com erros de dimensão de um oceano: corruptos e autênticos negligentes dos doentes. O sector da saúde de Luanda, continua em maus lençóis, pior de sempre, mas não há soluções, porque nada mudou, como disse Lavoisier — na famosa lei de conservação de massas: “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”

            Na questão do ensino, é um drama que se assiste, o filho do pobre não entra numa escola técnica profissional em Luanda, porque as vagas são completamente vendidas, por factores óbvios de corrupção, os professores já há muitos que vivem deitados no aninho do belo prazer das gasosas, e […], os melhores professores  [alérgicos à corrupção], são perseguidos como os lobos perseguem as suas presas.

IV. A maldade está infiltrada como um cancro

            O que a Sua Excelência Senhor General João Lourenço "o Messias", já realizou para esse cancro perigoso que continua a infectar o aparelho do Governo na cidade Capital ou até então no País todo? — Os chefes dessas instituições continuam ali, como o plástico enterrado no subsolo que persiste no mesmo estado durante décadas, sem sofrer decomposição […], assentados nos mesmos lugares, com práticas ilícitas, marcadas por corrupção, peculato, impunidade, amiguismo e perseguição sem tréguas aos bons e incorruptíveis […], o que o Excelentíssimo Senhor PR General João Lourenço, já fez para o sector péssimo de Saúde de Luanda? O que o Excelentíssimo Senhor Presidente General João Lourenço fez para os hospitais provinciais de Luanda? A maldade está infiltrada como um cancro neste sector de Luanda, que até dada altura explodirá como obuses de canhões lançados pela raiva das armas. — Se me permite, senhor Presidente, dirijo – me, respeitosamente, tendo de antemão, solicitado desculpas, por tal ousadia, pois que, a mim, não me resta a dignidade para tal sorte, sou um maroto.

V. Só mudaram os rostos mas os problemas do país persistem

            Excelência, Senhor Presidente, a Sua Excelentíssimo Senhor ex - Presidente Eduardo dos Santos, não é o culpado de tudo isso que se vive hoje em Angola, o culpado de tudo isso, Vossa Excelência, é o sistema que continua o mesmo, só mudaram os rostos, mas os defeitos continuam ali como um cancro que cresce de forma silenciosa sem o paciente descobrir tal natureza mórbida. 

            Os marimbondos e bajuladores, continuam presos nas suas cadeiras, tornaram as suas instituições em suas próprias casas, só lhes falta carregar a mobília, para esses lugares, estão soldados nas cadeiras do poder, como se fossem no reinado da barbárie, onde o “soba” é a divina personagem, que tudo faz, mas o povo é forçado a lhe prestar honra e dignidade.

            Excelentíssimo Senhor Presidente, desculpe – me, novamente pela ousadia, o que há de bom para os sectores chaves em Angola, nos termos práticos como a saúde, a educação, acesso à alimentação que se soube realizar com a vinda de Vossa Excelência no poder? [como conclusão nada, a saúde em Luanda continua nas mãos de um cancro perigoso, com hospitais que são um autêntico falhanço, não resolvem problemas, antes pelo contrário os pioram, hoje, ir grave à um hospital público em Luanda, é sinónimo de morte certa, só sai vivo, aquele que estiver com Deus, os médicos deixaram de curar e deram essa tarefa à Deus dará. Os enfermeiros se tornaram em homens frios, sem pendor de amor ao próximo, que matam indirectamente os doentes, ao negá – los o cuidado, dormem na noite toda e quando acordam o doente já se encontra no paraíso ou no inferno [em Luanda os enfermeiros deixaram de fazer vela durante os turnos da noite, vão ao hospital a noite, depois da medicação das 00h, eles dormem até as 6h, nesse intervalo de 5h, muitos doentes morrem, quando despertam vão à correr ao médico mentindo que há paragem cardíaca, ao passo que a paragem cardiorespiratória já se efectivou há cinco horas atrás, até o Hospital Militar que tinha alguma qualidade no passado, hoje se tornou numa ilha abandonada, local certo para realizar eutanásia positiva secundária à péssima assistência ali prestada].

VI. As verdades sobre os hospitais são dramáticas

            As verdades que temos dos hospitais são dramáticas, onde morrer passou a ser um acto normativo, que não assusta à nenhum profissional de saúde, a frustração há muito que se inaugurou nos hospitais. Porém, ninguém se preocupa com a tragédia que se assiste em Luanda, onde doentes graves nas instituições de assistência hospitalar, até mesmo no Hospital Militar são abandonados, como mães adolescentes abandonam os seus fetos no lixo, a saúde em Luanda corre em rios de desespero absoluto.

            Excelentíssimo Senhor Presidente General João Lourenço, nada fez para realizar esses problemas cancerígenos, e, transformá – los em situações desafiadoras, das quais possam advir melhorias no panorama nacional para o futuro, — o cancro que infecta a saúde continua ali, com péssimos gestores no sector de saúde de Luanda, marcado por corruptos e negligentes totais, médicos e enfermeiros super – arrogantes, que transformaram os hospitais em palcos do desfile das vaidades, há muito que negaram o epíteto de Hipocrates e Florence Nightingale “a Dama da Lamparina”, a pioneira da enfermagem do mundo moderno.

            Os médicos militares, transformam as suas patentes em motivos de arrogância, e bengala para intimidar familiares de doentes, ao invés de salvar vidas, apegam – se nas patentes militares, esqueceram – se da nobre missão que visa salvar vidas, pois que, essa patente, não vale nada se nenhuma vida for salva. Não obstante, os médicos militares, deveriam saber que não são soldados de guerra. Sabe a história, que nem mesmo Dr António Agostinho Neto, General Hugo Azancot de Menezes, General Eduardo Macedo dos Santos, General Américo Boavida, os verdadeiros médicos militares, que inauguraram a medicina militar em Leopoldville, construíram com a ajuda de Viriato da Cruz o CVAAR, no qual prestavam apoio médico e assistencial às populações angolanas em Leopoldville (Kinshasa), e ao longo da fronteira, onde se encontravam cerca de 150.000 refugiados angolanos em território congolês. Fazíamos também a formação de enfermeiros. Mas nunca colocaram as patentes militares que possuíam na altura, ante à nobre missão de salvar vidas, porque sabiam que enquanto os outros seguram nas armas para matar o inimigo, a sua missão era segurar no estetoscópio para salvar os militares e o povo alvejado pelo inimigo. Nem mesmo o Pai da medicina militar angolana, Dr Américo Boavida, nunca se deu ao luxo de exibir a sua arrogância para exprimir a sua vaidade militar, porque o médico militar, a sua batalha não são as armas, canhões, migues e blindagem de alto poderio militar. Antes pelo contrário, a batalha de um médico militar consiste em salvar vidas que se perdem em frente de combate, um processo inverso ao do militar, enquanto o militar visa matar vidas em frente de combate para o bem patriótico, o médico militar visa salvá – las. O médico militar não tem a missão de combater com armas nas mãos, mas de socorrer as vidas que se perdem em frente de combate, a sua missão não é a guerra de facto, como muitos confundem e pensam, como se pode provar no filme: «Até o último homem», — eles não são militares de armas, são soldados desarmados: como revela o livro: “soldado desarmado”, onde no combate em Okinawa, no Japão, durante a mais temível guerra mundial de todos os tempos, onde o verbo morrer era conjugado em todos os tempos até ao gerúndio, um para – médico militar denominado Doss faz o resgate de 75 soldados feridos, — os médicos e enfermeiros militares são profissionais de saúde que usam fardas militares para salvar vidas em processo de guerra, ao invés de pegar nas armas para matá – las, devem parar de fazer da arrogância e da negligência como sua bengala para servir ao utente: “todo profissional de saúde que não serve para cuidar da vida dos doentes, não serve para viver”, o que está em jogo não é o ser militar, é a vida do doente.

VII. Processo saúde – doença transformado num acto bastante perigoso em Angola

            A arrogância dos profissionais de saúde, transformou o processo saúde – doença num acto bastante perigoso em Angola, — há quem cogita que pela caótica assistência hospitalar que se vive em Luanda, e, a profunda falta de humanização, que há muito enferma os hospitais de Luanda, as pessoas hoje acorrem aos “quimbandas servos do mal e amigos do diabo”, e lá morrem possessos por demónios, que os martirizam e os catapultam para o inferno e para o mundo satânico.

VIII. O foco do actual executivo mudou de rota

            Parece que o foco de Vossa Excelência Senhor Presidente General "JLO", peço desculpas, por abreviar – lhes os nomes, — é apenas a figura da Sua Excelência Senhor ex - Presidente “JES”, e sua parentela. Parece que a destruição da imagem de “JES”, se tornou na única solução aos problemas vigentes hoje no País. Porém, destruir a imagem do Excelentíssimo Senhor ex – Presidente "JES", não fará grande à Vossa Excelência, porque raiva e ódio não constroem, destroem a humanidade, não edificará nunca uma Angola nova, nem sequer melhorará a imagem de Angola no plano internacional, como dizem os médicos: "para acabar com uma doença não se combatem os sinais e sintomas [efeitos da doença], combatem - se os factores etiopatogénicos [causas das doenças]”. Quero com isso dizer que, para o Excelentíssimo Senhor Presidente mudar o curso natural das coisas em Angola hoje, não deveria combater a imagem do ex – Presidente Excelentíssimo Sr Eng. JES, deveria combater as causas dos problemas, deveria retirar do aparelho do Estado o conjunto de “Marimbondos” que construíram ali um ninho perfeito para residir e sugar o quanto preciso o leite e maná dos cofres do Estado através da continuada acção de corrupção.

            Sua Excelência Senhor Presidente General "JLO" pretende mudar esta nação, deveria combater as causas da corrupção, e não os efeitos, combater os actos das pessoas e não as pessoas. O Excelentíssimo Senhor ex – Presidente “JES” entrou na "história". “JES” já não é o factor decisivo das coisas erradas como muitos apontam, nem sequer o fenómeno fundamental às situações implicadas neste sistema de Governo, vigente hoje. “Excelentíssimo Senhor Presidente da República”, deve despertar, parar de aceitar os sussurros populares de “bajuladores” que acham que destruir "JES" é solução dos problemas, isso nunca será solução alguma, isso é problema nacional e de carácter perigoso para o MPLA e a nação angolana.

IX. João Lourenço deve inaugurar uma angola nova

            Excelência, Senhor Presidente, deve abrir uma "Angola nova", marcada por intensa fiscalização do aparelho do Estado, os problemas de Angola persistem, o povo continua a ser o banco a depositar todo sofrimento, marcado por alimentação muito cara, divisas em profunda ascensão nos termos do preço, mesmo que venha acrescer o salário da função pública em 2019, isso não irá resolver problema nenhum caso a escassez de divisas continuar a ser um facto evidente. O que teremos será o efeito contrário, muita procura e pouca oferta, a inflação irá do mal à pior. A comida irá ficar mais cara, a roupa irá ficar mais cara, o custo de vida ainda mais caro, o preço de divisas subirá ainda mais, de então, a solução é injectar divisas, como fez "Obama" ao entrar no poder em América, injectou mais divisas para diminuir a inflação, com o dólar baixo, se não injectar divisas no mercado, ou não lutar para que os bancos internacionais vendam dólares à Angola, o custo de vida do angolano não irá melhorar, porque em Angola, não produzimos nada, tudo vem de fora, e sem dólares, este facto estará longe de ser efectivo, como o salário mais elevado, os dólares fugirão as mãos dos angolanos como o sol foge da terra quando há eclipse solar. 

            Excelência, Senhor Presidente, a aquisição de bens de primeira necessidade é de longe um interesse primordial à sociedade humana. Neste âmbito, os esforços do Estado angolano deveriam se evidenciar nisto. Excelência, há quem acha, estarmos novamente, diante da "era colonial", dos ditos indígenas e assimilados, Excelentíssimo Sr Presidente JLO, deve parar de fazer a “banga” como se diz na gíria. Arregaçar as mangas e dar as soluções precisas dos problemas que enfermam Angola e a nação tanto espera por isso.

X. João Lourenço deve preocupar – se com o seu legado

            Deve parar de pôr em "JES" o juízo do fracasso vivido em Angola, JES foi a solução de diversos problemas no passado quando se entregou à sério, deu o peito as balas quando a desintegração causada pela guerra era inegável, seu nome tem um lugar precioso na história nacional e africana. O Excelentíssimo Senhor ex – Presidente "JES" faz parte de uma história e de uma vida do País, pode ter os seus erros, como se diz: “ninguém é inocente”, porém, teve o seu lado "bom". Excelência, faça o que a nação espera, cumpra a sua trajectória com brio e zelo, deixe um legado ao País, pois que, 5 (cinco) anos, pode até parecer ser muita coisa, mas 5 (cinco) anos, lhe passarão feitos 5 (cinco) dias, e teremos Angola pior ainda: "saúde sem saúde," "educação sem educação” "qualidade de vida sem qualidade”, “vidas sem vidas”, "emprego inexistente e conseguido apenas com gasosa", "custo de vida excessivamente caro", "situação de saúde pública e de saneamento ambiental precária”, “hospitais transformados em autênticos centros de concentração de doentes abandonados”, “escolas guiadas por corruptos e negligentes que desprezam o conhecimento e dão notas altíssimas aos estudantes, mesmo estes não sabendo quase nada”, “meio ambiente marcado por falta de esgotos,” “rede viária sinistra,” “valas de drenagem fechadas e inundadas por lixo,” “bairros transformados em palácio de roedores, e artrópodes.” “Transportes públicos péssimos, e escassos,” “iluminação ambiental e abastecimento de água potável inexistente,” “bairros tornados em autênticos quartéis de marginais,” por falta de emprego para os jovens, são grandes os problemas sociais, alimentares e ambientais, que os assolam, eles não roubam por vício, eles roubam porque nada têm para comer ou para viver, numa Angola, que até por sinal é a mais rica de África Austral, onde um presidente paga por hora 70 mil dólares para se deslocar de avião, ao passo que os seus filhos já se tornaram mendigos, e miseráveis há muito.

XI. João Lourenço ainda nada fez para o seu legado

            Excelentíssimo Sr Presidente? O que o senhor fez para mudar o actual panorama angolano? Pelos vistos foi apenas concertar o actual sistema de governo, fazer uma operação de resgate de valores perdidos há muito [aplaudida pela maioria, e bastante necessária para o País, de acreditar que seja a acção que teve mais efeitos positivos na vida social de muitos, porém, tudo tem as suas desvantagens, as desvantagens visaram em colocar as zungueiras sem emprego]. Visou também chamar atenção ao Excelentíssimo Presidente Emérito do MPLA Eng. Eduardo dos Santos, e sua linhagem, visou colocar preso o filho varão do Presidente emérito do MPLA, assim como o ex - Ministro dos transportes, ao passo que os problemas sociais e ambientais continuam a asfixiar o povo, prestes à colocá - los na cova.

            O Excelentíssimo Senhor Presidente deveria parar de achar culpados, deveria entrar num silencia de "morte", aliás, se faria mais útil e importante, como diz o adágio popular: o tubarão e a baleia nunca os vemos na superfície do mar, somente nas profundezas oceânicas, lá onde os peixinhos morrem afogados de falta de oxigénio, quem está na superfície do mar, são os peixinhos que odeiam as profundezas por serem desprovidas de oxigénio.

            Vossa Excelência, deveria deixar que suas acções falem em nome de suas palavras, julgam – se mais os homens pelos factos, do que pelas palavras, materialize as suas ideias: “Resolver os problemas do povo angolano.” Preserve a imagem do ex – Presidente Eng. JES porque fazendo – o, faz – lo ao País como dever de causa, serenamente, humildemente, ao valorizar a pátria e seus heróis.

            Por conseguinte, se persistir essa política: a saúde continuará alheia à si mesma, a educação continuará às rascas, os transportes públicos nunca os teremos, a qualidade de vida do angolano continuará ausente, o custo de vida continuará excessivamente caro, a vida do angolano continuará sem dignidade, similar a um povo que vive num inferno à céu aberto, as escolas continuarão a ser comandadas por corruptos e ladrões, — que até já vendem certificados, o dinheiro angolano continuará a ser o mais desprezível de sempre, sem nenhum valor, a inflação continuará em alta, os problemas sociais continuarão em ebulição, — clamando por um "messias" à dá - los por solucionados.

XII. João Lourenço deveria optar por dar soluções aos problemas ao invés de agitar problemas

            Excelência, solucione os problemas, Senhor Presidente, não crie problemas, nem ache culpados, porque, os culpados não são soluções dos problemas, combater Eduardo dos Santos, não resolverá nenhum problema, somente os colocará pior de sempre, a estratégia é combater as causas dos problemas, dando – os, soluções […].

            Não são os elogios que vêm da cúpula de “bajuladores”, que mudará o mundo angolano Senhor Presidente, é a sua força de agir, a sua capacidade de dar soluções aos problemas complexos, a sua capacidade de análise e interpretação das situações à viver, a sua faculdade de aceitar os erros e corrigí – los, o seu carácter de rigor preciso, a sua disciplina de cumprir programas traçados, a sua faculdade de exigência ao actual executivo e fiscalização continuada do aparelho do Governo.

XIII. João Lourenço disse que recebeu o país em estado de coma económico

            Sua Excelência disse ter recebido um País em estado de “coma económico”, por conseguinte: como pode um médico com um doente neste estado ir de férias a um lugar que fica a léguas do hospital? Que general ia entrar de licença disciplinar em plena guerra? Deixando o seu exército na solitária? Ficou cansado a fazer que trabalho? Que grande problema de Angola Vossa Excelência já o solucionou?

            Os males do passado persistem, e, em muitos casos agudizaram-se por completo, parece, estarmos todos num barco preste à afundar […], não há dúvidas, que esse tipo de políticas não valerá para o bem da nação angolana. De que Vossa Excelência Senhor Presidente João Lourenço se orgulha ao ponto de achar que merece umas boas férias numa morada turística moçambicana luxuosa com 2400 dólares à serem pagos por diária? — Olhem para a saúde, para a situação económica angolana, para as estradas, para o petróleo a derrapar, para a necessidade de rever o orçamento, […].

            Vossa Excelência, deveria imitar a imagem de Obama, um líder carismático, forte na palavra e forte na acção, senão vai ficar apenas nas palavras e as acções virão de canoa, e quando chegarem o tempo estará a se despedir. Por esta vaidade toda, a Vossa Excelência vai terminar o mandato com o país na mesma ou pior ainda, e será uma autêntica vergonha para o Senhor, com “bajuladores” à darem – no as costas, a desprezarem – lo depois de sentirem – se saciados dos efeitos dos milhões e tostões que comeram e lamberam, como já confirmaram por experiência prática e fecunda no consulado de Eduardo dos Santos: homens falsos e traidores sem vergonha, pois que, estes são capazes de tudo, até de venderem o senhor para ganharem míseros trocados.

         Que não se esqueça de que cinco anos passam num piscar de olhos, e que a perseguição à imagem de José Eduardo dos Santos, ao invés de resolver os problemas patentes em Angola, acabará deixá – lo concentrado na destruição do “Ninho de Marimbondos sem solução dos problemas do povo”. Com tal atitude, os problemas agudizar – se – ão, acabarão piores, e colocarão o País num marasmo sem saída, acabará por exterminar o MPLA na face da terra, e a oposição tornar – se - à forte como nunca, e chegará ao poder, quando o senhor assustar: “Angola continuará a mesma, com os mesmos problemas, com a “DESTRUIÇÃO DO NINHO DE MARIMBONDOS: ATÉ AO ÚLTIMO HOMEM”, porém sem solução de nenhum problema do povo, sem capacidade para os resolver, a oposição será a favorita dos angolanos, JES será o mesmo que saiu e lhe foi lançada toda culpa, traído pelos seus coevos, Angola ficará ali no alheio, sem soluções para tudo quanto lhe afecta, e o MPLA estará no precipício profundo e irreversível. Lembre – se, Senhor Presidente, hoje não é a década de 70 do século XX, onde o MPLA criou três alas: – “A Revolta Activa” — liderada por Mário Pinto de Andrade; – “A Revolta do Leste” — liderada por Daniel Chipenda; “O círculo Presidencial” — liderado pelo Drº Agostinho Neto. Onde a crise no partido teve boas soluções, hoje, existe uma UNITA forte, uma CASA – CE à deambular em busca de consenso, qualquer falha, dará lugar à UNITA.

           Excelentíssimo Senhor Presidente da República, General João Lourenço resolva os problemas do povo: estão ali à vista de todos — saúde sem eficiência e eficácia, ensino sem qualidade, emprego inexistente, falta de transportes públicos, renda per capta péssima, falta de água e luz nos bairros, saneamento ambiental péssimo, rede viária sem qualidade, moradia precária, qualidade de vida precária, assistência médico – medicamentosa péssima, acesso à água potável caótico, acesso à alimentos dificultado, divisas em alta, aumento progressivo da criminalidade atinente à falta de emprego e ocupação para os jovens etc… etc… São tantos os problemas que vivemos em Angola, que até parece que Angola também é um problema.

            Os que têm ouvido ouçam a voz da razão como disse “Kant” — die Vernunft regiert die Welt [a razão governa o mundo], os que têm pele sintam a força da luz, como disse Galileu – Galilei: “Divina lux est” [a luz é é divina].

We need an Angola for solutions and not for the problems!

Abbiamo bisogno di un'Angola di soluzioni e non di problemi!

Wir brauchen eine Angola von Lösungen und nicht von Problemen!

Nous avons besoin d'un Angola de solutions et non de problèmes!

Нам нужна Ангола решений, а не проблем!

Opus solutio Angola et non problems!

«PRECISAMOS DE UMA ANGOLA DE SOLUÇÕES E NÃO DE PROBLEMAS!»

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