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Segunda, 04 Novembro 2013 16:24

Operações financeiras do PGR angolano suportadas em negócio legítimo

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O Ministério Público revelou hoje que as operações financeiras efetuadas pelo procurador-geral da República de Angola "se encontravam justificadas" e suportadas numa relação negocial "legítima", sem despertar "censura" em sede criminal.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) precisou, em resposta à agência Lusa, que "as operações financeiras [de João Maria Moreira de Sousa] se encontravam justificadas, o que significa, em termos técnicos, que se suportam numa relação negocial subjacente legítima e que não desperta censura objetiva em sede criminal".

"Não se revelou a prática de um ato ilícito típico que é exigida para que se verifique o crime de branqueamento de capitais", refere o DCIAP numa resposta a um pedido da agência Lusa para consulta do processo administrativo interposto ao PGR angolano, o qual foi negado.

Na resposta, assinada pelo procurador Jorge Teixeira, é dito que o procedimento administrativo relacionado com o procurador-geral de Angola recolheu junto de terceiros "informação sobre relações de negócios subjacentes a determinadas operações bancárias", tendo sido aberto "o âmbito das pessoas com conhecimento sobre os factos investigados".

Contudo, no entender do procurador, "nada justifica" que "aquilo que é um procedimento interno do Ministério Público, possa ser acedido por terceiros, por mais legítimo que seja o interesse no acesso à informação", mesmo depois do referido procedimento administrativo ter sido arquivado.

LUSA

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