A pretensão foi anunciada pela Governadora da província de Cabinda, um enclave que fica a norte do território angolano e cuja fronteira terrestre faz-se apenas com a República do Congo (norte) e a República Democrática do Congo (sul), distando poucas dezenas de quilómetros da província angolana do Zaire.
A medida integra o plano de desenvolvimento daquela região, na área dos transportes, em que está igualmente prevista a construção de um quebra-mar no caís do porto de Cabinda.
"Vai-se adquirir também dois ferryboats que vão fazer o tráfego entre Cabinda e o Soyo [província do Zaire], e permitir assim a ligação terrestre com o resto do país, deixando de passar pelo Congo Democrático", garantiu Aldina da Lomba Katembo.
Envolverá ainda a construção de terminais de embarque, indicou igualmente a governadora provincial de Cabinda.
Estes planos foram anunciados em função do reforço das transferências do Orçamento Geral do Estado de 2014 para a província de Cabinda, no valor de nove mil milhões de kwanzas (67 milhões de euros), informou a governadora provincial.
Uma parte das ligações para Cabinda são asseguradas atualmente por via aérea, com a transportadora pública angolana TAAG a realizar voos regionais diários para aquele enclave.
Lusa
